Na noite da última quarta-feira (11), o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, foi temporariamente fechado após a detecção de drones próximos à pista de pouso, em um episódio que pode ter sido orquestrado por traficantes internacionais de drogas. Segundo denúncias feitas por um militar que atua no local, criminosos monitoravam a presença da polícia no aeroporto. Pelo menos três homens foram vistos transportando a droga em uma área restrita do terminal.
A Polícia Federal investiga se os equipamentos foram usados para desviar a atenção da segurança e facilitar a fuga de criminosos que tentavam embarcar com pasta base de cocaína em um voo com destino a Johanesburgo, na África do Sul.
Equipes da Polícia Militar e da Força Aérea Brasileira realizaram buscas com câmeras térmicas, mas não localizaram os drones. A suspeita é que os equipamentos tenham sido usados para distrair a segurança enquanto os criminosos fugiam por uma área de mata próxima. No entanto, eles acabaram abandonando a carga de cocaína no local. Três pacotes contendo cerca de 160 kg cada foram apreendidos e encaminhados à Polícia Federal.
A investigação segue em andamento para identificar todos os envolvidos no crime.
As operações no aeroporto ficaram suspensas por cerca de duas horas, provocando atrasos, cancelamentos e desvios em pelo menos 34 voos. Um piloto da Gol avistou a presença de ao menos um drone próximo à rampa de aproximação e alertou a torre de controle, que imediatamente suspendeu pousos e decolagens por motivos de segurança.
O episódio prejudicou centenas de passageiros, que enfrentaram cancelamentos e desvios de voos. As companhias aéreas Latam, Azul e Gol confirmaram os impactos e repudiaram o uso ilegal de drones, ressaltando que essa prática é crime e representa grave risco à segurança da aviação civil.
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