O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (27) que o presidente russo, Vladimir Putin, “ficou completamente louco” e declarou estar “muito insatisfeito” com os recentes ataques aéreos da Rússia contra a Ucrânia. As declarações foram feitas em publicação na rede Truth Social, poucas horas depois de Trump conversar com repórteres sobre a escalada do conflito.
“Sempre tive um ótimo relacionamento com Vladimir Putin, da Rússia, mas algo aconteceu com ele. Ele ficou completamente LOUCO! Está matando muita gente desnecessariamente, e não estou falando apenas de soldados. Mísseis e drones estão sendo disparados contra cidades na Ucrânia, sem motivo algum”, escreveu Trump.
O comentário veio após Moscou lançar o maior ataque aéreo em três anos de guerra. Segundo autoridades ucranianas, pelo menos 12 pessoas, incluindo crianças, morreram nos bombardeios, que deixaram dezenas de feridos.
Ainda neste domingo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a postura dos Estados Unidos e de aliados, alegando que “o silêncio da América encoraja Putin a continuar seu ataque”. Trump rebateu: “O presidente Zelensky não está fazendo nenhum favor ao seu país ao falar do jeito que fala. Tudo o que sai da boca dele causa problemas, eu não gosto disso e é melhor parar”, afirmou.
Diante da crescente pressão internacional, Trump admitiu a possibilidade de impor novas sanções contra Moscou, algo que até então vinha evitando sob a justificativa de manter abertas as negociações de paz. “Estou absolutamente considerando novas sanções”, disse o presidente americano a jornalistas, acrescentando ter ficado “muito surpreso” com a intensidade do ataque russo, que ocorreu apenas uma semana depois de uma conversa telefônica entre Trump e Putin.
Na ocasião, os dois líderes discutiram um possível cessar-fogo de 30 dias. Segundo Trump, negociações entre Rússia e Ucrânia estão sendo articuladas, e ele defende que os termos “sejam definidos pelas duas partes, que conhecem detalhes que ninguém mais saberia”.
Enquanto isso, os bombardeios continuam, e Zelensky reforçou que “o mundo pode sair de férias, mas a guerra continua”. O presidente ucraniano voltou a pedir ações mais firmes da comunidade internacional.