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MUNDO Quinta-feira, 01 de Maio de 2025, 16:41 - A | A

Quinta-feira, 01 de Maio de 2025, 16h:41 - A | A

CRISE

Saída dos EUA escancara falência de modelo insustentável na OMS

Governo norte-americano contribuía com cerca de 18% total do orçamento da instituição

Agência Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) enfrenta a maior interrupção de financiamento de sua história, conforme declarou o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus. A crise foi agravada pela decisão dos Estados Unidos de se retirarem da organização em janeiro de 2025, sob a administração do presidente Donald Trump, que alegou má gestão da pandemia de Covid-19 pela OMS. Os EUA eram o maior financiador da OMS, contribuindo com cerca de 18% do orçamento total. 

Com a saída dos EUA, a OMS revisou seu orçamento para baixo, enfrentando uma lacuna de quase US$ 600 milhões neste ano. A organização propôs cortar o orçamento para 2026-2027 em 21%, de US$ 5,3 bilhões para US$ 4,2 bilhões, e reduzir o número de funcionários. Cortes de empregos estão previstos na sede em Genebra e o fechamento de alguns escritórios em países de alta renda.

Tedros destacou que a OMS depende excessivamente de aportes voluntários, que representam 80% do orçamento total, vindos de poucos doadores. Ele afirmou que a organização busca ampliar sua base de contribuições para enfrentar esse problema estrutural. 'É claro que é muito doloroso", disse o diretor, alertando que os cortes teriam um impacto significativo na saúde das pessoas ao redor do mundo.

A OMS reduzirá empregos em sua sede em Genebra, na Suíça, além de fechar alguns escritórios em países de alta renda. Um quarto dos custos salariais da OMs não sera coberto pelos próximos dois anos, afirmou o diretor-geral adjunto de Operações Comerciais da OMS, Raul Thomas. Ele afirmou que ainda não é possível prever quantos funcionários serão cortados, pois isso dependerá do nível e da ocalização das pessoas incluídas nas medidas de redução de custos.

À Reuters, Tedros disse que não teve contato direto com Trump, mas que está em comunicação com seu governo, fornecendo informações e respondendo a perguntas.

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