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MUNDO Quarta-feira, 03 de Janeiro de 2024, 17:25 - A | A

Quarta-feira, 03 de Janeiro de 2024, 17h:25 - A | A

POLÊMICA NA IGREJA

Padre é excomungado por criticar o Papa; “me sinto orgulhoso”

Durante a homilia de Ano Novo na igreja de São Ranieri, na aldeia toscana de Guasticce, o Padre Ramon Guidetti provocou polêmica ao referir-se ao Papa Francisco como um "usurpador anti-papa". Este sermão coincidiu com o primeiro aniversário da morte de Bento XVI, antecessor de Francisco.

Em um vídeo online com mais de 20 minutos, Guidetti mencionou o pontífice argentino pelo nome civil, "Sr. Bergoglio", e o descreveu de maneira controversa como "um maçom jesuíta ligado a potências mundiais". Além disso, comparou o olhar de Francisco, que classificou como "cadavérico", com o do "bom Bento".

As repercussões das declarações não demoraram. Um documento da diocese, assinado pelo chanceler, esclareceu que o padre cometeu um ato de natureza cismática ao negar submissão ao Sumo Pontífice e comunhão com os membros da Igreja. Guidetti foi suspenso 'a divinis', removido do cargo de pároco e proibido de celebrar missas.

Em resposta, Guidetti expressou à Rádio Domina Nostra, programa liderado por Alessandro Minutella (outro padre excomungado por ataques a Francisco), sua surpresa com a rapidez da decisão e afirmou que emolduraria o decreto de excomunhão, considerando-o motivo de orgulho. Apesar de manter a calma, admitiu sentir uma certa amargura pela "cegueira e dureza" da Igreja, que, segundo ele, deveria ser maternal, mas se comporta como tirana.

A nomeação de Francisco em 2013, após a renúncia de Bento XVI, dividiu a opinião dentro da Igreja. Enquanto progressistas a aplaudiram, setores conservadores resistiram. Críticos questionam a validade da nomeação devido às circunstâncias da renúncia de Bento XVI.

Em um evento no Vaticano para lembrar Bento XVI, no primeiro aniversário de sua morte, não houve discursos cismáticos, mas críticas a Francisco surgiram. Gerhard Mueller, ex-prefeito para a Doutrina da Fé, enfatizou que, sob Bento XVI, bênçãos a casais gays jamais seriam permitidas. Questionado sobre um possível distanciamento de Francisco, Mueller comparou o Vaticano não à União Soviética nem a uma monarquia, mas a um lugar onde não há uma única voz decisiva.

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