Após o governo dos Estados Unidos elevar para US$ 50 milhões a recompensa pela captura de Nicolás Maduro, o fundador do grupo de mercenários Blackwater, Erik Prince, fez declarações polêmicas sugerindo o assassinato do presidente da Venezuela. A ameaça foi divulgada na quinta-feira (7).
Maduro é acusado pelos EUA de liderar um cartel e facilitar a entrada de drogas no país. A comunidade internacional questiona a legitimidade do governo venezuelano, apontando fraudes nas últimas eleições, e muitos países apoiam o opositor reconhecido por Washington, Edmundo González.
Prince, ex-oficial da Marinha dos EUA, ganhou notoriedade após fundar a Blackwater, empresa envolvida no massacre da Praça Nisour, no Iraque, em 2007. Apesar da controvérsia, mantém influência na política internacional e vem ampliando sua atuação na América Latina, com contatos em El Salvador, Equador e Peru.
O empresário afirmou que a recompensa por Maduro deveria ser “viva ou morta” e que está “de olho” no presidente venezuelano desde a última eleição, reforçando sua promessa de cumprir a “vontade do povo venezuelano”.
Essa declaração aumenta a tensão entre os governos dos EUA e da Venezuela, em um momento crítico para a estabilidade política da região.