O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta segunda-feira (16/6) que a Força Aérea Israelense estabeleceu controle aéreo sobre Teerã, capital do Irã. A declaração foi feita por meio das redes sociais, em meio à intensificação dos ataques entre os dois países, que já provocaram dezenas de mortes e aumentaram o temor de uma guerra regional.
“A Força Aérea Israelense controla os céus de Teerã. Estamos atingindo alvos do regime, e não civis. Essa é a diferença entre nós e o regime de terror do Irã, que mira em assassinar mulheres e crianças”, afirmou Netanyahu, em tom de desafio. O premiê também enviou uma mensagem às tropas: “Em nome do povo de Israel, eu saúdo vocês. Vocês estão trazendo a vitória”.
Durante coletiva de imprensa, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), general Effie Defrin, confirmou a superioridade aérea israelense sobre o Irã. Segundo ele, as forças estão abatendo alvos militares em tempo real, no quarto dia da operação batizada de “Leão Ascendente”.
“Podemos dizer que atingimos total superioridade aérea sobre os céus de Teerã. As capacidades que utilizamos em Gaza, no Líbano e na Judeia e Samaria agora estão sendo aplicadas contra o regime iraniano”, afirmou Defrin.
Contexto do conflito
A ofensiva israelense começou na última quinta-feira (12/6), com o objetivo de enfraquecer o programa nuclear iraniano, que há anos é visto por Tel Aviv como uma ameaça existencial. O Irã, que nega qualquer intenção militar em seu programa atômico, reagiu com o lançamento de mísseis e drones contra o território israelense.
De acordo com as FDI, na noite de domingo (15/6) foram disparados 65 mísseis e dezenas de drones iranianos, a maior parte interceptada pelos sistemas de defesa aérea e naval de Israel. Ainda assim, quatro regiões do norte e centro do país foram atingidas, resultando em oito civis mortos e dezenas de feridos.
Defrin responsabilizou diretamente o governo iraniano pelos ataques contra áreas civis. “Essa é a face do regime terrorista iraniano: enquanto atingimos alvos militares e nucleares destinados a destruir Israel, eles disparam contra centros populacionais”, declarou.
Risco de escalada
A intensificação dos combates elevou o alerta no Oriente Médio e gerou reações de governos e organismos internacionais, preocupados com o risco de um conflito regional em larga escala. A comunidade internacional tenta, até o momento sem sucesso, mediar um cessar-fogo e reduzir as tensões.
Segundo o general Defrin, os ataques israelenses continuarão enquanto houver ameaça. “Essa operação é para eliminar a ameaça existencial ao Estado de Israel — a ameaça nuclear e de mísseis. Seguiremos firmes”, concluiu.