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MUNDO Sexta-feira, 29 de Novembro de 2024, 13:39 - A | A

Sexta-feira, 29 de Novembro de 2024, 13h:39 - A | A

CASO WADE WILSON

Criminoso conhecido como “Florida Killer” apela contra pena de morte nos EUA

O caso reacendeu o debate sobre a pena de morte nos Estados Unidos, especialmente na Flórida, um dos estados que mais aplicam a sentença.

Ana Barros

 

Wade Wilson, de 30 anos, popularmente conhecido como o “Florida Killer”, foi condenado à pena de morte em agosto deste ano pelos assassinatos de Kristine Melton, 35, e Diane Ruiz, 43, em 2019. Agora, o criminoso deve voltar ao tribunal para apelar contra a sentença.

Novo julgamento marcado para outubro

Segundo documentos judiciais, o advogado de Wilson, Michael Ufferman, protocolou o pedido de apelação no último dia 15 de setembro. Uma audiência preliminar foi realizada em 16 de outubro no Tribunal do Condado de Lee, na Flórida, onde ele foi originalmente sentenciado.

Wilson, que está preso há cinco anos, foi transferido recentemente para a Instituição Correcional da União, em Raiford, onde aguarda a execução. Ele foi descrito como tendo o rosto coberto por tatuagens e, em sua mais recente aparição, estava com a cabeça raspada.

A história dos crimes

Os crimes ocorreram em outubro de 2019 e chocaram a Flórida pela brutalidade. Wade Wilson conheceu Kristine Melton em um bar em Cape Coral no dia 6 de outubro e, horas depois, a estrangulou em sua própria casa.

No dia seguinte, Diane Ruiz desapareceu enquanto caminhava para o trabalho. De acordo com a acusação, Wilson usou um carro roubado da casa de Melton para abordar Ruiz. Após estrangulá-la, ele a atropelou repetidamente.

As mulheres não se conheciam, mas foram mortas com poucas horas de diferença, em atos que o tribunal descreveu como premeditados e extremamente violentos.

Clamor popular contra a pena de morte

A condenação de Wilson gerou controvérsia. Cerca de 4 mil mensagens, incluindo cartas e e-mails, foram enviadas ao juiz responsável pelo caso, pedindo a comutação da pena de morte para prisão perpétua. Entre os argumentos apresentados estão o histórico de saúde mental de Wilson, abuso de substâncias e a suposta negligência parental que ele enfrentou na infância.

Além disso, o Gabinete do Xerife do Condado de Lee relatou que Wilson recebeu cartas de amor e fotos, embora 163 imagens tenham sido rejeitadas por conteúdo considerado inadequado.

Marion Worth, mãe de uma vítima de assassinato, foi uma das que enviaram uma carta pedindo pela vida de Wilson. “Mesmo em um caso tão grave, defendo a prisão perpétua como a resolução mais justa e humana”, declarou.

 

Debate sobre justiça e humanidade

O caso reacendeu o debate sobre a pena de morte nos Estados Unidos, especialmente na Flórida, um dos estados que mais aplicam a sentença. Para os críticos, a pena capital é uma prática desumana, enquanto seus defensores acreditam que ela é uma punição necessária para crimes de tamanha gravidade.

O próximo julgamento de Wilson deve trazer novos desdobramentos, enquanto o estado e a sociedade continuam divididos sobre o destino do "Florida Killer".

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