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ECONOMIA Sexta-feira, 11 de Abril de 2025, 15:13 - A | A

Sexta-feira, 11 de Abril de 2025, 15h:13 - A | A

PREVISÃO

Brasil pode entrar em recessão com tarifaço de Trump, alerta banco; ENTENDA

Eles destacam que o agravamento da instabilidade nos mercados financeiros, combinado com o avanço das incertezas econômicas globais, pode afetar negativamente o consumo, os investimentos e a confiança no país.

 

O banco norte-americano J.P. Morgan revisou nesta sexta-feira (11) suas projeções econômicas para o Brasil e passou a prever um cenário mais pessimista para os próximos anos. Segundo relatório divulgado pela instituição, a economia brasileira deve entrar em recessão na segunda metade de 2025, impactada por fatores externos como o novo tarifaço promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e um ambiente internacional cada vez mais instável.

 

Com base nesse novo cenário, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025 foi reduzida de 2,2% para 1,9%. Para 2026, a projeção caiu de 1,5% para 1,2%.

 

Recessão no horizonte

De acordo com os economistas Cassiana Fernandez, Vinicius Moreira e Mirella Mirandola Sampaio, que assinam o relatório, o país pode ser empurrado para uma recessão a partir da combinação entre o choque externo e as fragilidades internas da economia brasileira.

 

“Embora o Brasil esteja entre as economias menos afetadas diretamente pelas tarifas, com o J.P. Morgan Global Research estimando uma chance de 60% de uma recessão mundial e prevendo um declínio no crescimento do PIB dos EUA este ano, agora acreditamos que a economia brasileira enfrentará uma desaceleração mais acentuada no segundo semestre do ano”, escreveram.

 

Impacto indireto do tarifaço

 

Apesar de o impacto direto da tarifa de 10% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros ser estimado em apenas 0,3 ponto percentual no PIB, devido à baixa exposição do Brasil ao comércio internacional, os analistas alertam que os efeitos indiretos podem ser mais significativos.

 

Eles destacam que o agravamento da instabilidade nos mercados financeiros, combinado com o avanço das incertezas econômicas globais, pode afetar negativamente o consumo, os investimentos e a confiança no país.

 

Possíveis oportunidades

O relatório também indica que, apesar das dificuldades, o Brasil pode se beneficiar de uma eventual reconfiguração dos fluxos comerciais globais. Um exemplo citado é o redirecionamento ocorrido em 2018, quando a China passou a importar produtos agrícolas brasileiros no lugar dos norte-americanos, em meio à guerra comercial entre os dois países.

 

“O Brasil e os EUA são competidores no mercado de commodities, e o desenho das políticas americanas está engatilhando retaliações. Na nossa visão, o processo de substituição que caracterizou as importações chinesas após 2018 poderia ocorrer de forma semelhante na China novamente e em outros países”, afirmam os economistas.

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