menu
02 de Dezembro de 2024
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
02 de Dezembro de 2024
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

THIAGO PACHECO Quinta-feira, 18 de Abril de 2024, 08:06 - A | A

Quinta-feira, 18 de Abril de 2024, 08h:06 - A | A

POR THIAGO PACHECO

RETRAÇÃO ECONÔMICA : Queda consecutiva nos números apontam desaceleração na economia

Thiago Pacheco

 

Por Thiago Pacheco*

Conforme dados divulgados pelo IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) nesta quarta (17), o ritmo de nossa economia desacelerou pelo segundo mês consecutivo (em 2024), apesar do avanço em 0,40% no mês de fevereiro, frente ao primeiro mês do ano. O índice do Bacen, que é reconhecido pelo mercado pela antecipação do resultado do PIB, vem indicando crescimento em ritmo menor, sendo a terceira variação positiva seguida do indicador, visto que janeiro registrou leve alta de 0,60%, e em dezembro 0,82%, contudo, apontando a significativa desaceleração, apesar de positivo, vem perdendo força com o passar dos meses, projetando resultado negativo a partir de abril, se mantiver a tendência.

 

O resultado do IBC-Br registrou 148,67 pontos (na série dessazonalizada), mesmo com resultado tímido, o resultado foi o maior desde abril de 2023, quanto registrou 149,09 pontos, demonstrando que a 10 meses o mercado vem “patinando”.

 

Em comparação com o mesmo mês do ano passado o resultado de fevereiro representava 2,59%, bem distante dos 0,40%, no acumulo dos últimos 12 meses, registra 2,34%.

 

IBC-Br, é a bússola do Bacen para avaliar a economia, afim de tomar as decisões sobre a Selic (nossa taxa básica de juros), o índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia – comércio, serviços, indústria e agro, além do montante de impostos arrecadados.

 

Não há dúvidas que as inconsistências políticas, determinadas inseguranças jurídicas, além de todas as questões fiscais ainda não resolvidas, vêm ocasionando um certo “marasmo” no mercado, comprovando a desaceleração econômica, além da retração de investimentos. Outro fator está no peso que a máquina pública impõe, sinais disto, está no recente comunicado do governo indicando os cortes em áreas de extremas importância (saúde e educação) bem como em áreas assistenciais, que foi a grande bandeira de campanha do Governo, afim de encaixar as contas públicas e cumprir a meta fiscal. O fator externo, sem dúvidas, oferece um impacto relevante, inflações ao redor do mundo, e principalmente o número de conflitos que se espalham pelo planeta, vem, de forma significativa, impondo restrições econômicas.

 

O conjunto não vem favorecendo, importante atentarmos aos movimentos, e torcer que de alguma forma, hajam estratégias contundentes para uma melhora no nosso mercado, observando fatores que venham a consolidar, em longo prazo, o favorecimento de cenário e não os interesses políticos.

 

*Thiago Pacheco é especialista em finanças, mercado, controladoria, agronegócios e ESG, com mais de 20 anos de indústria financeira, com passagens em grandes bancos com presença internacional, além dos maiores players do agro. Professor e mentor para o mercado financeiro e de capitais, e ainda, fundador e CEO da Elevare Institute.

 

Comente esta notícia