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THIAGO PACHECO Segunda-feira, 28 de Abril de 2025, 08:10 - A | A

Segunda-feira, 28 de Abril de 2025, 08h:10 - A | A

POR THIAGO PACHECO

Em MT, setor comercial inicia 2025 em baixa: Agro pode auxiliar na retomada

Thiago Pacheco

 

A retração da economia ocorrida em 2024, levada principalmente pela quebra de safra, apresenta reflexos até hoje. Segundo o IBGE, nos primeiros meses deste ano o comercio varejista de Mato Grosso registrou queda de 3,7%, com relação ao mesmo período do ano passado. O Resultado confirma a negativa tendência instalada desde o ano anterior, que com a recessão, resultou a altas nos preços, consequentemente no custo de vida, por conta deste cenário o consumidor no nosso estado e no Brasil vem atuando com cautela.  

 

Alguns fatores, mesmo tímidos, demonstram uma retomada, visto que, conforme a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografa e Estatística (IBGE), aponta uma melhora nas vendas do varejo em fevereiro, com relação a janeiro, porém abaixo de 1%.  

 

Uma expectativa na retomada das vendas, está no aumento do emprego formal, onde segundo o CAGED, nos primeiros meses de 2025, indica um aumento de aproximadamente 30% de empregos formais, frente ao mesmo período de 2024. No Mato Grosso, 26% dos empregos formais pertencem ao comércio.  

 

Estando em um estado com vocação à produção agrícola, é natural que quando o setor não vai bem, toda a economia estadual sente sensivelmente o impacto. Como este ano, há a perspectiva de uma recuperação na produção rural, se espera um crescimento de pouco mais de 10%, naturalmente se estima um aquecimento na atividade econômica matogrossense, bem como em todo país.  

 

Apesar dos fatores positivos, onde podemos ainda acrescentar um crescimento significativo, de praticamente 25% no setor de serviços no estado, economistas e especialistas de mercado, destacam a necessidade de cautela, havia visto, os altos níveis de inflação, impactada principalmente pelos alimentos, e consequentemente nos bolsos da grande maioria da população, o cenário de instabilidade levado pelas altas dos juros, que devem seguir uma vertente de aumento, com propósito de conter a inflação.  

 

Ainda em falando em crédito, recentemente, o Bacen, divulgou um aumento de 10,4% em créditos junto a famílias brasileiras, porém, se faz necessário um cuidado nessa avaliação, aqui não se observa um aumento na tomada de novos créditos, mas sim, com o aumento dos trabalhos formais, houve um busca por renegociações de dívidas em atraso e/ou inadimplentes, logo, em associação os saldos devedores e inserção dos novos juros das repactuações, se dá o aumento nas carteiras de crédito do mercado.  

 

*Thiago Pacheco é especialista em finanças, mercado, controladoria, agronegócios e ESG, com mais de 20 anos de indústria financeira, com passagens em grandes bancos com presença internacional, além dos maiores players do agro. Professor e mentor para o mercado financeiro e de capitais, palestrante, pesquisador, e ainda, fundador e CEO da Elevare Institute.

 

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