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DANIELLE BARBATO Domingo, 20 de Agosto de 2023, 10:14 - A | A

Domingo, 20 de Agosto de 2023, 10h:14 - A | A

DANIELLE BARBATO

A fábula do apagão X privatização

Por Danielle Barbato* A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, ironizou o apagão nacional registrado na manhã da última terça-feira (15/08), relacionando a pane elétrica à privatização da Eletrobrás.   Enquanto estados das regiões Norte e Nordeste ainda enfrentavam falta da energia, a esposa do atual Chefe do Executivo postou em suas redes sociais: ‘A ELETROBRAS FOI PRIVATIZADA EM 2022. Era só esse o tuíte’ (sic). Pelas redes sociais, petistas também associaram a privatização da Eletrobrás com a queda nacional de energia.   No entanto, apesar de não haver nenhuma relação entre a privatização da empresa - realizada no ano de 2022, pelo governo Jair Bolsonaro - e o apagão registrado em 25 estados do país e o Distrito Federal, Janja possivelmente esqueceu-se – e me predisponho aqui a recordá-la – que, dos nove grandes apagões registrados no Brasil, cinco ocorreram nos governos de presidentes do PT – quando a Eletrobrás ainda era estatal -, incluindo o desta semana, que deixou 25 estados e o DF sem luz por seis horas até o restabelecimento total.   Mas já que Janja fez suas apostas, vou ousar fazer as minhas.   O presidente Lula (PT) e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinaram decreto na sexta-feira (4/8), determinando que o Brasil volte a comprar energia da usina de Guri, na Venezuela, país que sofre com apagões por conta da miséria oriunda do sistema socialista vigente.   Na noite de segunda-feira (14), a Companhia informou, em comunicado, que Wilson Ferreira Júnior renunciou ao cargo e pediu demissão da presidência da Eletrobrás, sem esclarecer os motivos.   Na terça-feira (15), é registrado um apagão em todo o país.   O especialista Luiz Eduardo Barata considera "surpreendente" e "inacreditável" que, mais de 24 horas do ocorrido e o Brasil não saiba onde e como começou o apagão dessa terça-feira (15/8). Barata é um dos profissionais mais experientes ainda na ativa no setor de energia elétrica. Foi secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME) e diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo ele, os órgãos reguladores conseguem identificar a origem de um problema imediatamente após a sua ocorrência.   Foi um excelente dia pra provocar um apagão, diga-se de passagem.   O objetivo de lançar uma cortina de fumaça na mídia – ocultando a queda consecutiva na bolsa pelo 11º dia, o aumento do dólar, da gasolina e do diesel, eleições na Argentina, taxação de compras da Shein e depoimento do Stedile na CPI do MST – parece ter alcançado êxito. E a incansável luta de Lula para financiar o bloco latino também.   Tudo nos leva a crer que seja essa a nova forma de maquiar envio de dinheiro brasileiro pra ditadura bolivariana. De quebra, ainda criou-se a ‘narrativa’ levantada contra as privatizações.   Ao que parece, o apagão se dá em todas as áreas no Brasil, especialmente, na memória... haja vista o ‘esquecimento’ da dívida ainda pendente da Venezuela com o Brasil/BNDES, que segundo dados oficiais, até dezembro de 2022, alcançava o valor de US$ 682 milhões, referente a parcelas atrasadas de contratos adquiridos entre 2001 e 2015.   *Danielle Barbato é advogada especializada em Direito Civil e Processo Civil, Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, Direito Imobiliário e Gestora Condominial.    

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