A expressão coloquial refere-se às pessoas que falam demais, que não se calam; jogar conversa fora; gastar saliva inutilmente. Dar bom dia ou conversar com cavalo nada significa, porquanto ele prosseguirá em seu mutismo.
Mas, a origem da expressão é “dar bom dia a cavalo” e não “dar bom dia AO cavalo”. Eis a estória.
A expressão acima cabe perfeitamente à Lula que, no palco de em um evento esvaziado, organizado pelas centrais sindicais em São Paulo para marcar o 1.º de Maio, Lula se antecipou ao chamar Boulos de candidato, sendo que o período de convenções e registros de candidatura só se abrirá em julho.
Isso porque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu votos e chamou de candidato o ainda pré-candidato à Prefeitura Guilherme Boulos (PSOL), que subiu no palanque do estádio do Corinthians, dizendo: "Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010 e em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”.
Em sua fala, o presidente classificou a eleição deste ano em São Paulo como 'verdadeira guerra' e pediu para que seus eleitores votem no deputado do PSOL. Além disso, participantes do evento receberam panfletos contrários ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que é pré- candidato à reeleição.
O pedido explícito de votos a um pré-candidato é proibido pela Lei das Eleições. O artigo 36-A diz que não configura propaganda eleitoral antecipada "a menção à pretensa candidatura e a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos". No entanto, reforça que isso só é permitido "desde que não envolvam pedido explícito de voto", que foi o detalhe despercebido pelo presidente falastrão.
O evento foi divulgado em todas as mídias sociais do Governo Federal, sendo que, após a repercussão negativa, foi removido sem qualquer justificativa. A Presidência da República foi procurada, mas não se manifestou sobre o caso. Adversários anunciaram que irão à Justiça contra o presidente e o pré-candidato do PSOL.
Jornais pró-Boulos e anti-Nunes foram distribuídos aos presentes no Itaquerão no decorrer do evento com elogios ao pré-candidato do PSOL. Uma inscrição no rodapé da última página indica que a tiragem da edição é de cem mil exemplares e que o responsável pela publicação é o diretório paulista do PSOL.
Como se não bastasse a campanha eleitoral fora do prazo legal, é importante o registro de que o ato/evento realizado na data de ontem captou R$ 250 mil de Rouanet e R$ 3 milhões da Petrobras. O incentivo via Lei Rouanet foi concedido por uma faculdade privada, a São Leopoldo Mandic; evento também teve patrocínios da Petrobras e do Conselho Nacional do Sesi.
Ou seja, a farra política foi bancada por dinheiro público para que? Pedir votos aos candidatos de esquerda nas próximas eleições.
O esperto sempre observa no seu canto, o tolo sempre quer ser o centro das atenções. O esperto, caro Lula, não se faz de esperto, ele é. É aquilo: os ignorantes, que acham que sabem tudo, privam-se de um dos maiores prazeres da vida: aprender.
Fato é que, essa mistura do inculto com a maledicência é o que caracteriza as posturas do atual Chefe de Estado é o combustível desse governo obscurantista, de ode ao grotesco, de apologia à ignorância.
É o governo das bravatas, dos falsos heróis dos pés de barro e dos salvadores da pátria mancomunados com as facções criminosas.
Mas nós, como disse Frankl (autor da obra “em busca de sentido”, psiquiatra judeu, que, durante a Segunda Guerra, passou por três campos de concentração, entre eles Auschwitz): “Somos uma liga de bem e mal. A luta está posta. O que nos cabe é apenas decidir, diariamente, que partido iremos tomar, que lado deixaremos ser vitorioso”.
Portanto, escolhamos com cuidado.
*Danielle Barbato é advogada especializada em Direito Civil e Processo Civil, Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, Direito Imobiliário e Gestora Condominial.