Por Danielle Barbato*
A Revista Oeste divulgou que a Arquidiocese de São Paulo recebeu vídeos em que o religioso aparece se mast*rbando para um menor de idade. A veracidade das imagens, gravadas no dia 26 de fevereiro de 2019, foi atestada por uma nova perícia técnica audiovisual.
Os vídeos foram gravados, segundo a revista, por um adolescente que tinha 16 anos na época. A cena inicial mostra uma tela de celular, troca de mensagens e, então, a videochamada. A câmera oscila entre as partes íntimas e o rosto do padre.
O vídeo foi enviado pelo presidente da Câmara, vereador Milton Leite (União Brasil), que contratou uma perícia que certificou a autenticidade do vídeo, concluindo que se trata do religioso nas imagens. Procurado, o padre não quis comentar.
O religioso é alvo de acusações do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), autor do requerimento de CPI que pretende investigar as ONGs que atuam no centro de São Paulo. Na justificativa, o vereador afirma que a CPI buscará “examinar as atividades desempenhadas e se elas estão sendo executadas de maneira satisfatória” pelas ONGs que atuam na região da “Cracolândia”, segundo as quais, pondera o parlamentar que “compõem a máfia que explora a miséria no centro de São Paulo”.
A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público de São Paulo, ao Ministério Público Federal, a Arquidiocese de São Paulo, à CNBB e ao Vaticano. A Arquidiocese de São Paulo, a única a se manifestar até o momento, optou por blindar o pároco, rechaçando a perícia que autenticou a veracidade do vídeo pornográfico e declarando que arquivaria a denúncia. A alegação foi de que o vídeo fora o mesmo já enviado à instituição em 2020, ano da primeira denúncia contra o padre. Naquele ano, a rejeição foi por “falta de materialidade”. Agora em que comprovada a materialidade, a rejeição da denúncia foi por “ausência de convicção suficiente”.
Ao que parece, o alto clero é pior que São Tomé, não acredita mesmo vendo as evidências. Aguardemos o posicionamento do Ministério Público, órgão competente para apuração e proposição de ação penal, se for o caso.
A mesma Arquidiocese de SP – que arquivou sumariamente a denúncia do vídeo pornográfico - se diz perplexa com possível CPI para apurar atuação do padre Júlio Lancellotti.
Na vida pública, vira e mexe o padre Júlio Lancellotti se vê envolvido em polêmicas, sendo demonizado como aproveitador da população carente, dos excluídos dos excluídos, um “esquerdopadre” viciado em mídia. Ele é, hoje, o padre mais político do Brasil.
Não à toa, o presidente Lula (PT) lhe concedeu ao a medalha da Ordem do Ministério da Justiça em agosto/2023, uma condecoração para homenagear aqueles que tenham prestado serviços relevantes ao país e aos brasileiros na área da Justiça.
Sobre o episódio recente, Lula preferiu não falar das denúncias e nem da CPI, mas mandou publicar uma nota com elogios ao padre. Até o ministro Alexandre de Moraes veio a público para manifestar o seu apoio ao acusado. Desta vez, porém, existe algo em comum: ninguém quer discutir o episódio. Todos apoiam o padre, mas não querem falar do que ele fez.
O consórcio não fala do caso, que, praticamente não aparece na imprensa.
A esperança geral é que a história acabe no esquecimento. Mas, se tem algo que podemos concordar é que, se o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes estão a favor de algo, podemos crer que há algo de errado. E a fé? Não tem nada a ver com isso!
*Danielle Barbato é advogada especializada em Direito Civil e Processo Civil, Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, Direito Imobiliário e Gestora Condominial.
Claudio 26/01/2024
“ausência de convicção suficiente” - kkkk que piada, né a todo instante, sempre criando ‘desculpas jurídicas’, pra livrarem os seus.
Alan 25/01/2024
A cara da esquerda agir assim.. \"acuse-os do que vc faz\" ...
2 comentários