Na noite deste domingo (3), um incêndio no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), antigo Presídio do Carumbé, voltou a acender o alerta sobre o abandono e a insegurança na região norte da capital. A fumaça densa, visível de vários pontos da cidade, assustou moradores do bairro Carumbé e adjacências.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e controlou as chamas, mas o episódio evidenciou um problema crônico: o descaso com o espaço desativado. Desocupado há anos, o prédio acumula mato, lixo, e virou ponto frequente de uso de drogas, segundo relatos de quem vive próximo.
Com histórico marcado por grandes rebeliões, mortes e denúncias de tortura, o, encontra-se em completo estado de abandono desde que foi desativado, em janeiro de 2023. À época, o local abrigava 469 detentos, sendo 339 já condenados e 130 em regime provisório, todos transferidos, sem aviso prévio à comunidade ou aos familiares, para a Penitenciária Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande.
Desde que foi desativado, o antigo presídio permanece sem qualquer destinação oficial, acumulando sinais visíveis de abandono. A falta de manutenção e vigilância transformou a estrutura deteriorada em um espaço vulnerável, marcado por invasões, furtos e risco constante de acidentes.
Moradores denunciam que o mato alto e a falta de segurança transformaram o local em ponto frequente de uso de drogas, além de permitir a entrada livre de pessoas que furtam fios, ferragens e outros materiais. A comunidade também teme novos incêndios e possíveis desabamentos devido ao estado precário da estrutura.
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