Recentemente, o mercado imobiliário do Rio de Janeiro testemunhou o maior negócio financeiro do século XXI, com a venda de um terreno de 30 mil metros quadrados na Barra da Tijuca, Zona Oeste. O terreno, pertencente ao falecido empresário Aloysio Faria, foi adquirido por R$ 370 milhões pelas construtoras Tegra e São José.
O empresário, que nos deixou em setembro de 2020 aos 99 anos, deixou um testamento estabelecendo a estratégia de venda e divisão de seus bens entre suas cinco filhas. Essa tática foi projetada para evitar conflitos entre as herdeiras. O terreno, o maior ainda não construído na região, representa uma oportunidade única para um megaempreendimento de alto padrão.
Paulo Cezar Ximenes, diretor do segmento de alto padrão da Sergio Castro Imóveis, expressou otimismo em relação ao potencial do local. Ele destaca a vantagem da ampla área disponível na Barra da Tijuca, permitindo a construção de imóveis de luxo com estruturas de lazer invejáveis. A expectativa é que isso atraia compradores em busca de residências sofisticadas com um preço final mais acessível em comparação com a Zona Sul.
O valor alcançado na transação, embora por metro quadrado tenha sido mais econômico do que em outros negócios, como a venda do terreno do antigo bingo Arpoador, é considerado o maior negócio imobiliário do Rio de Janeiro neste século em termos absolutos.
Além disso, a venda do Banco Alfa, também pertencente a Aloysio Faria, foi finalizada recentemente por cerca de R$ 1 bilhão, sendo adquirido pelo rival Safra. No entanto, especialistas consideram o valor relativamente baixo para a instituição financeira, ficando aquém do patrimônio líquido do conglomerado de Faria, estimado em mais de R$ 20 bilhões, conforme dados do Banco Central. O mercado observa atentamente os desdobramentos dessas transações impactantes no setor imobiliário e financeiro do Rio de Janeiro.