Amigos e familiares se reuniram na manhã desta sexta-feira (4) para o velório da publicitária Juliana Marins, no Cemitério Parque da Colina, em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A jovem, que morreu em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas na Indonésia, foi homenageada com cartazes, flores e ao som de um violino, enquanto parentes e amigos próximos se despediam.
Os pais de Juliana chegaram ao local por volta das 10h15 e foram amparados por pessoas próximas. O velório foi dividido em duas etapas: uma primeira, aberta ao público e à imprensa, e uma segunda, restrita apenas aos familiares. O sepultamento foi programado para o fim da cerimônia de despedida.
Paralelamente à despedida, as investigações sobre a morte da jovem seguem em andamento. O corpo de Juliana passou por uma nova autópsia na manhã da última quarta-feira (2) no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro. A perícia, conduzida por dois peritos da Polícia Civil, contou com a presença de um agente da Polícia Federal e de um representante da família.
O procedimento foi autorizado pela Justiça Federal a pedido da Defensoria Pública da União (DPU), diante de questionamentos sobre a falta de informações no laudo inicial feito na Indonésia. Segundo a defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz, o exame no Brasil buscou esclarecer a causa e o momento exato da morte da publicitária, pontos que não haviam sido detalhados no primeiro laudo.
O laudo preliminar da nova autópsia deve ser concluído e entregue em até sete dias. O exame feito em Bali indicava múltiplas fraturas e lesões internas, descartando a hipótese de hipotermia, mas não determinava com precisão o dia da morte, nem detalhava as circunstâncias das fraturas. Além disso, a divulgação do laudo indonésio em coletiva de imprensa antes da comunicação oficial à família gerou forte indignação entre os parentes.
A Defensoria Pública também enviou ofício solicitando a abertura de inquérito pela Polícia Federal para apurar o caso, que segue sem explicações definitivas mais de duas semanas após a morte da publicitária brasileira no exterior.