Um episódio de violência interrompeu a celebração de uma festa junina em Vicente Pires, no Distrito Federal, neste domingo (15/6). Durante a apresentação das crianças no palco do Colégio Liceu, um homem de 41 anos invadiu o espaço e agrediu um aluno, gerando pânico entre os presentes. A cena foi registrada por testemunhas e rapidamente se espalhou pelas redes sociais.
O evento ocorria por volta das 15h30, na Rua 6 da cidade. Nas imagens gravadas, é possível ver o momento em que as crianças se apresentam ao som de uma música típica, até que o agressor sobe ao palco e, sem qualquer aviso, segura a criança pelo pescoço. O público reage com gritos de indignação e desespero: “O que é isso, gente? O que está acontecendo?”, dizia uma pessoa no vídeo.
Na tentativa de conter o homem, o suposto pai da vítima e outros responsáveis que estavam no local cercaram o agressor, aplicando chutes para imobilizá-lo. A Polícia Militar foi chamada e prendeu o suspeito em flagrante. Ele foi conduzido à 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), onde assinou um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e foi liberado.
Posicionamento da escola
Em nota oficial, o Colégio Liceu lamentou o ocorrido, classificando o ato como “inaceitável, inadmissível e absolutamente contrário a todos os valores que defendemos”. A instituição informou que a família envolvida não seguirá mais vinculada à escola e anunciou o reforço na segurança, incluindo a contratação de vigilância extra para o bloco da Educação Infantil.
“A confiança das famílias é o que nos fortalece e, mais do que nunca, estamos unidos no propósito de garantir que nossa escola seja sempre um espaço de segurança, amor e respeito”, diz o comunicado.
A direção ainda mencionou que a criança vítima da agressão será retirada da escola, decisão tomada pela própria família.
Denúncia de bullying
Um trecho da nota também revelou que a família do agressor alegou, desde o início do ano, que seu filho estaria sofrendo episódios de bullying na escola, sem que medidas fossem tomadas. Segundo eles, procuraram a direção diversas vezes para relatar agressões, mas receberam respostas omissas. A escola, no entanto, não detalhou esse histórico de reclamações em seu posicionamento.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil.