O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou os influenciadores Gladison Pieri de Abreu, natural de Santa Catarina, e Pâmela Pavão de Souza, residente em Canoas, por envolvimento em um esquema de rifas virtuais consideradas ilegais. Além do casal, outras quatro pessoas foram incluídas na denúncia, que aponta os crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.
Segundo as investigações, os influenciadores usavam suas redes sociais para promover rifas online, que funcionavam como fachada para movimentações financeiras suspeitas. De acordo com o Ministério Público, os prêmios sorteados nem sempre eram entregues e, em alguns casos, os supostos vencedores sequer existiam. Vídeos publicados por Gladison e Pâmela mostravam prêmios de alto valor e ostentação, mesmo após terem sido impostas medidas cautelares.
Em junho deste ano, os dois foram presos preventivamente após o Ministério Público solicitar o cancelamento de um acordo de não persecução penal, alegando que o casal continuava com as atividades ilícitas, descumprindo determinações da Justiça. Entre as restrições impostas anteriormente estavam o bloqueio de redes sociais, uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento de passaportes.
A denúncia indica que o grupo operava de forma estruturada, com divisão de tarefas e ocultação dos recursos obtidos por meio das rifas. Três dos denunciados respondem por lavagem de dinheiro e dois, especificamente, por envolvimento direto com os jogos de azar.
A defesa de Gladison e Pâmela afirmou ter sido surpreendida pela nova denúncia e prometeu apresentar provas de que os bens do casal têm origem lícita e compatível com suas atividades profissionais.
O processo segue em tramitação na Justiça gaúcha. O Ministério Público busca a condenação dos envolvidos e o bloqueio definitivo das atividades ilegais.