O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e pediu o impeachment de deputados e senadores bolsonaristas envolvidos no motim que paralisou votações nos plenários da Câmara e do Senado. O discurso foi feito durante um evento sobre investimentos no Acre, em Rio Branco, nesta sexta-feira (8).
Lula afirmou que Moraes está “garantindo a democracia” e chamou de “verdadeiros traidores da pátria” os parlamentares que tentam impedir o funcionamento do Congresso para proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No entanto, o presidente parece ignorar que seu próprio governo tem sido marcado por crises econômicas, corrupção e uma crescente polarização política que dificulta a governabilidade. A defesa intransigente de Moraes também levanta questionamentos sobre o equilíbrio entre os poderes e o respeito à democracia plena.
Na semana passada, os parlamentares bolsonaristas ocuparam os plenários e ameaçaram bloquear votações até que fossem pautados o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e o impeachment de Moraes. Enquanto a Câmara retomou o controle após apoio do Centrão, o Senado viveu momentos de tensão, com ameaças de uso da Polícia para retirar senadores amotinados.
Lula ainda criticou Bolsonaro e seu filho Eduardo, que está nos EUA buscando sanções contra o Brasil, e afirmou que seu governo defenderá as exportações brasileiras afetadas pelas tarifas americanas.
Ao comentar sobre o Acre, o presidente afirmou que o governo Bolsonaro nada fez pelo estado, apenas “pregou o ódio” e aprofundou a divisão entre a população, mas esquece que a atual gestão também enfrenta duras críticas por não apresentar avanços concretos para os brasileiros.
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