menu
05 de Maio de 2024
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
05 de Maio de 2024
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

POLÍTICA MT Quinta-feira, 25 de Abril de 2024, 11:25 - A | A

Quinta-feira, 25 de Abril de 2024, 11h:25 - A | A

DISCUSSÃO NO CONGRESSO

Reforma Tributária pode desestimular industrialização, alerta Mauro Mendes

Para Mauro Mendes, incentivos deveriam ser dados a quem exporta produtos agregados, e não primários

 

O governador Mauro Mendes afirmou que a Reforma Tributária - em fase de regulamentação - não está incentivando a industrialização do país.

A fala ocorreu durante entrevista à Jovem Pan News, na manhã desta quinta-feira (25.04).

 

De acordo com o governador, esse desestimulo ocorre em razão de a reforma prever a completa desoneração da exportação de produtos primários.

"Uma coisa é você incentivar a exportação, mas não de produtos primários. Nós tínhamos que incentivar a industrialização do país e exportar produtos com mais valor agregado. O problema é que essa reforma teve um foco, um peso muito grande nessa desoneração completa", relatou.

 

Mauro Mendes pontuou que toda a cadeia do agronegócio será desonerada com a reforma, o que incentiva a exportação apenas das commodities, sem fomento para que esses produtos sejam industrializados no país.

 

"O agronegócio brasileiro é vocacionado para exportar e essa é uma grande atividade no Brasil e em todos os estados, já que 70% do que nós produzimos vai para as exportações. Então ninguém vai pagar absolutamente nada de imposto, porque como é não cumulativo e o último da cadeia que exporta vai receber o crédito que pagou na cadeia inteira, vai haver uma redução do pagamento de impostos dessa grande cadeia", registrou.

 

Outro impacto na reforma será a perda de arrecadação dos estados produtores e de baixa população, como é o caso de Mato Grosso, já que o modelo de tributação ocorrerá no local de consumo, e não na produção.

 

"Estamos nos preparando para isso. Hoje o Estado de Mato Grosso tem um grande programa de infraestrutura e nós vamos atrair mais investimentos, atraindo pessoas para virem trabalhar aqui. Nós já estamos criando um programa que a gente vai chamar aqui de Mato Grosso 33, MT 33, para enfrentar essa nova realidade", ponderou.

 

Mauro adiantou que continuará a participar das discussões da regulamentação da reforma, para minimizar os impactos da nova legislação em Mato Grosso.

 

"Nós precisamos ter mecanismos que nos garanta continuar crescendo, se desenvolvendo, e acima de tudo gerando qualidade de vida aqui, não perdendo competitividade. Alguns dizem para mim assim 'ah governador mas o senhor não vai ser governador, em 2026 termina o seu mandato'. Mas nós temos que agir como brasileiros, pensar no país no presente e no futuro, sem ficar toda hora remendando e emendando as coisas", finalizou.

 
 
 
 

> Click aqui e receba notícias em primeira mão.


Comente esta notícia