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POLÍTICA MT Segunda-feira, 02 de Junho de 2025, 15:50 - A | A

Segunda-feira, 02 de Junho de 2025, 15h:50 - A | A

COLAPSO

Max Russi propõe estadualização para garantir recursos ao Paulo de Tarso

Unidade referência no sul de Mato Grosso enfrenta risco de colapso por falta de reajuste nos repasses do SUS

Com assessoria

 

O Hospital Psiquiátrico Paulo de Tarso, em Rondonópolis, referência em saúde mental para todo o sul de Mato Grosso, vive um momento crítico e corre sério risco de fechar as portas por falta de recursos. A instituição não recebe reajuste nos repasses do Estado desde 2012, mesmo sendo responsável por atender pacientes de dezenas de municípios da região.

 

Diante da ameaça de colapso, a direção do hospital fez um apelo público e encontrou resposta imediata do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Max Russi, que assumiu a articulação junto ao Governo do Estado e à Secretaria Estadual de Saúde para evitar o encerramento dos atendimentos.

 

“Estamos falando de um serviço essencial. O Paulo de Tarso acolhe, trata, cuida de pessoas que muitas vezes não têm para onde ir. Permitir que ele feche seria um retrocesso imenso na nossa política de saúde pública”, alertou o parlamentar durante reunião com representantes do hospital e autoridades da saúde.

 

A principal reivindicação do hospital é a atualização do valor contratualizado com o SUS, atualmente fixado em R$ 300 mil mensais — valor que permanece congelado há mais de uma década. Com o aumento constante dos custos operacionais, a direção afirma que as reservas foram esgotadas e que a situação se tornou financeiramente insustentável.

 

 

Uma das barreiras para resolver o problema está no modelo atual de gestão do SUS, que exige a formalização de contratos por meio das prefeituras. Como alternativa, Max Russi propôs a estadualização do contrato — o que permitiria ao governo estadual assumir diretamente o repasse de recursos, como já ocorre com o Hospital do Câncer de Cuiabá, por exemplo.

Essa medida, no entanto, depende do aval da Prefeitura de Rondonópolis e da aprovação da Comissão Intergestores Regional (CIR), formada por secretários municipais de saúde. O deputado afirmou que pretende articular uma reunião técnica entre as partes para construir um novo modelo de financiamento.

“O Estado tem demonstrado disposição em ampliar os investimentos, mas é fundamental que o município também esteja comprometido com essa solução conjunta. Nosso papel é mediar esse diálogo e garantir uma resposta definitiva para o hospital”, reforçou Max Russi.

Impacto em cadeia

O fechamento do Paulo de Tarso geraria um impacto em cadeia na rede pública de saúde em toda a região sul do estado, especialmente no sistema prisional e nos atendimentos de urgência. Max Russi alertou para as consequências sociais, humanas e institucionais da possível interrupção dos serviços.

“Se não agirmos agora, o prejuízo será irreversível. Não podemos permitir que o Paulo de Tarso feche por omissão. Nosso compromisso é com a saúde, a dignidade e a vida de quem mais precisa de acolhimento”, completou o deputado.

A audiência também contou com a participação do vice-prefeito de Rondonópolis, Dr. Altemar, que reiterou o papel estratégico do hospital para o município e para a macrorregião sul.

“O Paulo de Tarso cumpre um papel fundamental no atendimento psiquiátrico regional. Seu fechamento seria um golpe profundo na nossa rede de saúde. Precisamos unir forças e garantir a continuidade desse serviço”, pontuou o vice-prefeito.

Uma nova reunião deve ser agendada nos próximos dias, com expectativa de definição de novos aportes financeiros e um modelo de gestão mais eficiente para garantir a continuidade das atividades da instituição.

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