Após uma paralisação motivada por dívidas acumuladas, a coleta de lixo em Cuiabá foi parcialmente retomada, mas a normalização total dos serviços ainda é um desafio.
O secretário Municipal de Governo, Ananias Filho, declarou que a Locar Saneamento, empresa responsável pelo serviço, tem até o dia 30 de janeiro para concluir a limpeza completa da cidade.
A crise começou com uma interrupção dos serviços devido a uma dívida de mais de R$ 40 milhões deixada pela gestão anterior, sob Emanuel Pinheiro (MDB).
O prefeito atual, Abílio Brunini (PL), foi categórico ao ameaçar romper o contrato caso a Locar não cumprisse com suas obrigações.
A coleta foi reiniciada entre os dias 3 e 4 de janeiro, mas ainda há muito a ser feito para restabelecer a normalidade.
Em entrevista ao programa Tribuna da Rádio Vila Real, Ananias enfatizou a urgência da situação:
"A Locar tem até o dia 30 para fazer a limpeza geral da cidade. O prefeito Abílio foi muito claro: ‘Não tenho compromisso com nenhum CNPJ e preciso dar uma resposta à população’”.
O secretário ainda ressaltou que novos caminhões serão incorporados à frota nos próximos dias e que a Prefeitura está monitorando as operações via GPS.
A Locar também enfrenta problemas legais. Na última quinta-feira (9), um representante da empresa foi preso em flagrante por crime ambiental, acusado de descarte irregular de resíduos em uma área de preservação permanente.
Essa questão veio à tona após a Polícia Civil flagrar a empresa operando sem licença adequada.
Além das medidas emergenciais para resolver o problema da coleta, Ananias informou que a revogação da taxa de lixo será discutida na Câmara Municipal em 2 de fevereiro, quando os vereadores retornam do recesso.
Apesar dos obstáculos, a administração municipal permanece firme na exigência de que os serviços sejam regularizados o mais rápido possível, reafirmando o compromisso de pagamento pelos serviços efetivamente prestados.
As dívidas anteriores, no entanto, deverão ser cobradas judicialmente pela Locar.
