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POLÍTICA MT Segunda-feira, 02 de Junho de 2025, 08:16 - A | A

Segunda-feira, 02 de Junho de 2025, 08h:16 - A | A

COMÉRCIO NOS PRESÍDIOS

Governo recua e anuncia regulamentação dos mercadinhos em presídios após veto derrubado pela AL

A decisão surge após a Assembleia Legislativa ter derrubado o veto do governador Mauro Mendes, que impedia o funcionamento dos estabelecimentos

ALISSON OLIVEIRA

 

O secretário de Estado de Justiça, delegado Vitor Hugo Bruzulato, anunciou que o Governo do Estado irá regulamentar o funcionamento dos mercadinhos dentro dos presídios, abandonando definitivamente a ideia de extingui-los.

 

A decisão surge após a Assembleia Legislativa ter derrubado o veto do governador Mauro Mendes, que impedia o funcionamento dos estabelecimentos.

 

Em entrevista ao portal Olhar Direto, Bruzulato explicou que a regulamentação será feita por decreto e estabelecerá quais produtos poderão ser comercializados pelos conselhos da comunidade, responsáveis pela gestão dos mercadinhos.

 

O objetivo, segundo ele, é garantir transparência e impedir o fortalecimento financeiro de organizações criminosas.

 

“O que queremos é estabelecer uma relação de controle. Vamos elencar itens básicos, que o Estado não fornece, mas que também não abram espaço para ostentação ou irregularidades”, afirmou o secretário, ao destacar que itens como Nutella, cigarros Marlboro e cuecas da Calvin Klein, já encontrados em vistorias, não devem mais ser permitidos.

 

A resistência inicial do Governo à manutenção desses comércios foi motivada por investigações do Gaeco, que revelaram o uso do mercadinho da Penitenciária Central de Cuiabá por uma facção criminosa para lavar dinheiro.

 

Estima-se que, em quatro anos, uma associação de servidores da unidade tenha movimentado R$ 13 milhões com envolvimento direto da facção liderada por Sandro Rabelo, o “Sandro Louco”.

 

Apesar das suspeitas e do escândalo que motivaram o veto, a decisão da Assembleia Legislativa prevaleceu, forçando o Executivo a se adaptar.

 

Agora, a regulamentação visa impedir o uso desses estabelecimentos como canais de corrupção e ampliar a fiscalização sobre o que chega aos detentos.

 

“O Estado estava tentando fechar, mas entendeu que o caminho agora é controlar e fiscalizar rigorosamente. O comércio será permitido, mas dentro de critérios muito bem definidos”, reforçou Bruzulato.

 

A regulamentação dos mercadinhos será oficializada nas próximas semanas, com publicação prevista em decreto estadual, e poderá servir como modelo para outras unidades prisionais do país que enfrentam dilemas semelhantes entre assistência aos detentos e segurança institucional.

 

 

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