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POLÍTICA MT Segunda-feira, 02 de Junho de 2025, 12:31 - A | A

Segunda-feira, 02 de Junho de 2025, 12h:31 - A | A

DO PL

Prefeito pode ser cassado por suposta compra de votos com bolsas de cimento em MT

Justiça Eleitoral vê indícios concretos de crime e autoriza quebra de sigilo fiscal de loja de materiais de construção

Ana Barros

 

O juiz Anderson Gomes Junqueira, da 19ª Zona Eleitoral de Tangará da Serra, autorizou o prosseguimento de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o prefeito de Nova Olímpia, Ari Cândido Batista (PL), o vice Eduardo Oliveira de Almeida (PP) e o ex-prefeito José Elpídio de Moraes. Eles são investigados por compra de votos, propaganda irregular e outras condutas com finalidade eleitoral nas eleições de outubro de 2024.

 

A decisão, assinada no dia 28 de maio, aponta como uma das evidências a suposta entrega de cinco bolsas de cimento a um eleitor dois dias antes da votação, em troca de apoio político. Outro fato investigado é a suspensão do acesso de uma servidora da prefeitura ao sistema de compras da Secretaria de Assistência Social, que pode ter ocorrido por retaliação.

 

Em sua defesa, os acusados afirmaram que a ação não apresenta provas consistentes e que não deveria seguir adiante. O magistrado, no entanto, rejeitou os argumentos e considerou que há indícios sólidos que justificam o aprofundamento das investigações.

 

“A narrativa vincula o representado à prática dos fatos tidos como abusivos, ainda que em tese, o que justifica sua permanência no polo passivo da demanda”, escreveu o juiz.

 

Para aprofundar a apuração, o magistrado determinou a quebra de sigilo fiscal de uma loja de materiais de construção, a fim de verificar notas fiscais e documentos emitidos entre os dias 1º e 10 de outubro de 2024. Além disso, exigiu que a empresa responsável pelo sistema da prefeitura informe quem solicitou a suspensão do acesso da servidora.

 

Uma audiência foi marcada para a próxima quinta-feira (5), quando testemunhas do caso começarão a ser ouvidas.

 

Ari e Eduardo foram eleitos com 3.979 votos (40,79%). Se as acusações forem confirmadas, podem ter os mandatos cassados e ficar inelegíveis por oito anos.

A ação foi proposta pela coligação adversária Nova Olímpia de Todos, composta pelos candidatos João Carlos Ribeiro (União) e Melissa de Campos Giacomo (PSD), que terminaram em segundo lugar com 3.850 votos (39,46%).

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