Uma ação rápida da Polícia Militar de Mato Grosso, realizada na noite de terça-feira (2), resultou no resgate de um homem vítima de tortura e na prisão de três suspeitos ligados a uma facção criminosa em Sapezal (MT). A ocorrência integra a Operação Tolerância Zero às Facções Criminosas, que tem intensificado o combate à criminalidade organizada no estado.
De acordo com o boletim de ocorrência, o caso foi registrado por volta das 19h30, após o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp/Copom) receber denúncia sobre gritos de socorro vindos de um conjunto de quitinetes localizado na Rua das Azaleias, no município.
Ao chegarem ao local, os policiais flagraram três indivíduos agredindo brutalmente a vítima. Um dos agressores utilizava um pedaço de madeira para golpear a cabeça do homem, enquanto outro o enforcava com um fio elétrico. Um terceiro suspeito, menor de idade, registrava a cena com um celular. A vítima, inconsciente e com sinais de asfixia, foi socorrida imediatamente pelos militares, que removeram o fio e o pano que obstruía sua boca, conseguindo reanimá-lo ainda no local.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) encaminhou o homem ao Hospital Municipal de Sapezal. Ele relatou que foi atacado por ter adquirido drogas de um fornecedor que não fazia parte da facção dos agressores.
Durante a prisão, o menor tentou destruir provas, arremessando dois celulares contra o chão. Em revista pessoal e veicular, os policiais localizaram um iPhone e a chave de um Honda Civic com um dos suspeitos. No porta-malas do carro, no compartimento do estepe, foram encontrados entorpecentes - incluindo barras de maconha, porções de cocaína e pasta base - além de uma balança de precisão e dinheiro em espécie. O veículo já era investigado por possível envolvimento com o tráfico de drogas na região.
Com outro suspeito, os policiais recuperaram o celular da vítima, que havia sido roubado.
Diante dos fatos, os três detidos - dois adultos e um adolescente - foram encaminhados à Delegacia da Polícia Judiciária Civil, onde permanecem à disposição da Justiça. Eles devem responder por tortura, tentativa de homicídio, tráfico de drogas, associação criminosa e roubo, entre outros crimes.
