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POLICIAL Quarta-feira, 07 de Maio de 2025, 14:46 - A | A

Quarta-feira, 07 de Maio de 2025, 14h:46 - A | A

ENTENDA

Fraude bilionária no agro: empresas de MT são investigadas por esquema de R$ 7,6 bilhões com notas frias

As empresas simulavam operações comerciais com o recolhimento de impostos em níveis muito inferiores aos devidos, configurando crimes de falsidade documental, associação criminosa e contra a ordem tributária

 

Um esquema criminoso de fraudes fiscais envolvendo empresas do agronegócio em Mato Grosso foi desmantelado na manhã desta quarta-feira (07), durante a Operação Rent-A-Business, conduzida pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).

 

A investigação revelou um volume de movimentações superiores a R$ 7,6 bilhões em transações simuladas com soja e milho, resultando em um prejuízo milionário aos cofres públicos.

 

De acordo com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), a Unidade de Inteligência Fiscal e Operações Estratégicas detectou a emissão sistemática de notas fiscais frias utilizadas para ocultar os verdadeiros produtores e fornecedores dos grãos.

 

O secretário adjunto da Receita Pública, Fábio Fernandes Pimenta, afirmou que a manobra tinha como principal objetivo fraudar a arrecadação de tributos como o Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação), Imposto de Renda, fundo rural e royalties.

 

As empresas simulavam operações comerciais com o recolhimento de impostos em níveis muito inferiores aos devidos, configurando crimes de falsidade documental, associação criminosa e contra a ordem tributária.

 

Já foram lavrados R$ 100 milhões em crédito tributário constituído – divididos entre tributos e penalidades –, mas as autoridades alertam que os danos podem ser ainda maiores.

 

O delegado José Ricardo Garcia Bruno, responsável pelas investigações, relatou que as irregularidades ocorreram entre 2021 e 2026 e envolvem contadores e empresários de outros estados.

 

Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em cidades como Cuiabá, Sinop, Cláudia, Chapada dos Guimarães (MT), além de Novo Progresso (PA) e Itapema (SC), por determinação da juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).

 

A Sefaz segue com auditorias em curso, e novas autuações podem ser feitas com base nas informações colhidas em conjunto com a Polícia Civil.

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