Um suposto plano de atentado suicida mobilizou agentes da Polícia Federal na última semana em Várzea Grande, mas o que parecia uma grave ameaça revelou-se um trote protagonizado por um homem com diagnóstico psiquiátrico.
O incidente, ocorrido no Aeroporto Marechal Rondon, causou apreensão até que a verdade fosse descoberta: tudo não passava de uma invenção alimentada pela esquizofrenia não tratada do autor.
A denúncia, feita no dia 21 de junho, dava conta de um ataque planejado para o dia 23. O autor, um vendedor de salgados de 35 anos, se apresentou à Polícia e admitiu ter criado a história. Segundo seu relato, ele ouve vozes e já tentou tirar a própria vida no passado.
Após ser preso na sexta-feira (27), passou por audiência de custódia e foi liberado mediante uso de tornozeleira eletrónica e restrição de aproximação ao aeroporto.
O juiz federal Paulo Cézar Alves Sodré considerou que o réu, com histórico comprovado de transtornos mentais desde 2023, não apresentava risco à ordem pública. O próprio delegado responsável se manifestou contra a manutenção da prisão.
O suspeito usou vários números de telefone, incluindo os de familiares, para dar mais "credibilidade" à sua versão, chegando a levar a PF a uma área próxima a um rio antes de fugir por medo.