Por Thiago Pacheco*
Nesta quarta-feira (13), o Comitê de Política Monetária – COPOM decidiu pela 4ª vez consecutiva o corte da taxa Selic, mantendo a perspectiva de corte em 0,5 ponto percentual, reduzindo a taxa básica de juros para 11,75%. Com o cenário tendenciando ciclos de baixa crescem a procura por títulos de renda fixa prefixados. Mas por que isso acontece ?
Os principais títulos de renda fixa são:
· Títulos da dívida pública emitidos pelo governo federal
· CDBs, RDBs e Letra de Câmbio
· LCAs e LCIs
· Títulos de dívidas das empresas privadas, chamados créditos privados
A rentabilidade desses títulos podem ser:
· Prefixados
· Pós-fixados
· Atrelados a Inflação
O relatório Focus do Banco Central, traz a expectativa de mercado referente a alguns indicadores da economia brasileira, a taxa de Selic, que é um deles, aponta queda para os próximos 3 anos podendo chegar a 8,50% em 2026. Com esse cenário, de queda, muitos especialistas indicam títulos com rentabilidade prefixada, pois, é possível travar a expectativa de ganhos no estágio da contratação. Hoje ainda é possível encontrar títulos prefixados com remuneração anual de 11,90%. Caso as projeções do relatório FOCUS se confirmem, o investidor terá ganhos acima da taxa básica de juros, o que tornam os prefixados muito atrativos nesse cenário.
Por outro lado, o Brasil é o país das incertezas, e não dá para prever o que vai acontecer na economia no longo prazo, caso a inflação dispare e a taxa de juros volte a ter ciclos de alta chegando ao patamar de 13.75%, o investidor que ficou travado nos 11,90% de remuneração, naturalmente, será remunarado abaixo da taxa básica de juros. Por essa razão não é recomendado comprar títulos prefixados de com vencimento muito longo, o ideal é comprar títulos com prazo máximo de 2 a 3 anos.
No mais, o constante acompanhamento do mercado é fundamental para aproveitar as melhores oportunidades de ganhos, mas acima de tudo, como mitigação de risco e, de certa forma, blindagem dessas oscilações, sempre se deve observar o tema de diversificação.
Texto elaborado em conjunto com Carlos Guilherme, especialista em finanças pela FGV e mestre em administração pela PUC-Rio, Co-fouder e mentor Elevare, com mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro.
*Thiago Pacheco é especialista em finanças, mercado, controladoria, agronegócios e ESG, com mais de 20 anos de indústria financeira, com passagens em grandes bancos com presença internacional, além dos maiores players do agro. Professor e mentor para o mercado financeiro e de capitais, e ainda, fundador e CEO da Elevare Institute.