Por Thiago Pacheco*
Neste sábado (24) completou dois anos da guerra entre Rússia e Ucrânia, como resultado podemos constatar elevação dos preços dos alimentos e energia, corroendo a renda das famílias, ocasionando a disparada da inflação. A contar as sérias mudanças nas relações políticas.
Não há dúvidas que em logo prazo a guerra do leste europeu irá remodelar a ordem econômica mundial de forma fundamental, visto as constantes altas de inflação, em foco o bloco europeu e as maiores economias globais, refletindo em uma significativa desaceleração de crescimento.
A contar todo sofrimento humano, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o conflito, nesses dois anos, vem pressionando as inflações, haja visto o aumento dos preços de energia e alimentos, logo, com a preda de renda, principalmente nos países vizinhos à guerra, vem afetando toda cadeia econômico-comercial da região, inclusive em assuntos básicos, como suprimentos.
Ponto de atenção que já se reflete no mundo e principalmente nos países emergentes, está nas saídas de capital, devido às incertezas dos investidores diante a queda dos preços de ativos, assim, “apertando” as condições financeiras. Configurando um grande golpe a economia global.
Ainda segundo o FMI, em 2022 previa um crescimento econômico de 4,4% para economia global, entretanto, diante da manutenção do conflito, e muito longe de um diálogo, e de sua finalização, no seu post da última semana, o fundo já prevê a possibilidade de um ajuste, revisando suas previsões para baixo, que deve ser publicado nos próximos meses, após as divulgações dos países quanto aos seus exercícios de 2023.
*Thiago Pacheco é especialista em finanças, mercado, controladoria, agronegócios e ESG, com mais de 20 anos de indústria financeira, com passagens em grandes bancos com presença internacional, além dos maiores players do agro. Professor e mentor para o mercado financeiro e de capitais, e ainda, fundador e CEO da Elevare Institute.