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EDSON GUILHERME Terça-feira, 08 de Julho de 2025, 10:43 - A | A

Terça-feira, 08 de Julho de 2025, 10h:43 - A | A

O TEMPO

A moda das areias: passado, presente e futuro com toque de alta costura

 

 

Estávamos outro dia à beira da piscina, entre um gole de espumante e o som discreto de uma playlist francesa, quando alguém lançou a pergunta: "Você já parou pra pensar no quanto a roupa de banho feminina evoluiu ao longo do tempo?" E ali mesmo, entre risos e memórias de verões passados, começamos a mergulhar — não na água, mas na história dessa peça que, mais do que vestir, traduz o espírito do tempo.

 

Lá no começo dos anos 1900, o maiô era quase um uniforme aquático: mangas compridas, saias sobre os quadris, tecido grosso de lã. Nada prático, nada sensual, mas um passo simbólico. Afinal, era o começo de algo. A mulher podia nadar. E isso já era liberdade, ainda que coberta até os tornozelos.

 

Com o passar das décadas, entre 1920 e 1940, os cortes foram ficando mais ajustados, as saias sumiram, as cores apareceram. E então, como um estalo elegante de modernidade, veio 1946. Paris. Louis Réard. Um biquíni minúsculo com nome explosivo — em referência ao Atol de Bikini, onde os testes nucleares reverberavam no inconsciente coletivo. A metáfora era clara: aquele pequeno traje causaria uma revolução.

E causou. Nos anos 60, o biquíni e o maiô tornaram-se protagonistas de uma estética solar, sensual e pop. Era o tempo do nylon, do spandex, das estampas tropicais, dos cortes asa-delta que pareciam feitos sob medida para musas como Brigitte Bardot e Ursula Andress. A moda praia deixava de ser funcional. Virava desejo.

 

 

 

 

Hoje, em pleno 2025, os trajes de banho deixaram para trás qualquer amarra. O que se vê nas praias e resorts mais elegantes é uma fusão entre tecnologia, sofisticação e discurso. Tecidos com proteção UV, cortes inclusivos, modelagens que respeitam e valorizam cada tipo de corpo. O biquíni virou manifesto. O maiô, uma escultura sobre a pele.

 

 

E que prazer observar como as marcas brasileiras se destacam nesse cenário. Lenny Niemeyer, Adriana Degreas, entre outras, transformaram o beachwear em alta-costura balneária. Não é mais sobre mostrar o corpo. É sobre mostrá-lo com consciência, com estilo, com personalidade.

 

No fundo, a gente percebe que quase todas as tendências do passado estão aí, repaginadas, revisitadas, agora com propósito. Cut-outs elegantes, biquínis tomara-que-caia, maiôs com recortes assimétricos — tudo aparece de novo, mas sob um novo olhar.

 

O mais bonito? Ver que, hoje, cada mulher desfila do seu jeito. Com seu maiô estruturado, seu biquíni minimalista, seu corpo do jeito que é — com verdade. E isso, meu caro leitor, é o luxo mais atual que se pode usar à beira-mar: a liberdade de ser, com estilo e alma.

 

Porque a moda praia, como tudo que é eterno, nunca sai de cena. Ela apenas muda o enredo. E continua nos vestindo de história.

Fotos- reprodução da Internet

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