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CIDADES Sexta-feira, 25 de Abril de 2025, 14:14 - A | A

Sexta-feira, 25 de Abril de 2025, 14h:14 - A | A

MOMENTOS DE TERROR

Sobrevivente de ataque de onça há 16 anos, pescador relembra trauma e lamenta morte de caseiro em MS

O tratamento foi longo e delicado. “O médico pediu ajuda de todos que soubessem suturar. Tive que colocar ferros nos dedos e levei 1.118 pontos, entre internos e externos”, revelou.

 

O pescador e criador de conteúdo sul-mato-grossense Anderson Guedes usou as redes sociais para relembrar o ataque brutal de onça que sofreu há 16 anos. O depoimento veio em tom de lamento após a morte do caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, que foi atacado e morto por uma onça no dia 22 de abril, em um rancho na região do Touro Morto, no Mato Grosso do Sul.

 

Em entrevista ao Metrópoles, Anderson contou que o ataque aconteceu quando ele pescava às margens de um rio. Na ocasião, usava uma faca com um pedaço de coração de boi como isca, presa a uma vara de bambu. O que parecia ser uma pescaria tranquila virou uma cena de terror.

 

“Estava tudo silencioso, os passarinhos pararam de cantar. De repente, vi os macaquinhos se agitando e senti um cheiro de carniça. Quando olhei, a onça estava arrepiada, como um gato prestes a atacar um passarinho”, relatou.

 

O pescador tentou se jogar no barranco para fugir, mas não teve tempo. “Ela deu dois pulos e me mordeu na cabeça. Enfiei a mão dentro da boca dela, ela me mordia, arranhava... foi um desespero. Meus dedos ficaram mutilados. Ela arrancou parte do couro cabeludo”, contou.

 

Anderson só conseguiu se salvar ao alcançar a faca que estava ao seu lado. “Comecei a tentar enfiar entre as costelas dela. A faca entrou um pouco, e consegui travar a outra mão no maxilar. Quando ela sentiu a lâmina, cambaleou, me soltou e saiu correndo.”

 

Ele descreve que só então percebeu a gravidade dos ferimentos. “Achei que tinha perdido a visão. Quando percebi que estava vivo, fui socorrido pelos amigos, levado à casa do sitiante e depois ao hospital.”]

 

O tratamento foi longo e delicado. “O médico pediu ajuda de todos que soubessem suturar. Tive que colocar ferros nos dedos e levei 1.118 pontos, entre internos e externos”, revelou.

 

No vídeo publicado no Instagram, Anderson expressou solidariedade à família de Jorge Avalo. “Lamento profundamente que ele não tenha sobrevivido. Eu sei o que é passar por isso. É algo que muda sua vida para sempre”, disse.

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