Uma reportagem recente veiculada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, trouxe à tona um escândalo envolvendo a empresa MedTrauma, responsável pela administração das alas ortopédicas em três estados brasileiros, incluindo Mato Grosso. O programa revelou que a empresa estava envolvida em práticas de superfaturamento em cirurgias ortopédicas.
Em resposta à reportagem, a MedTrauma emitiu uma nota à imprensa expressando surpresa com a suspensão dos contratos pela Prefeitura de Cuiabá. A empresa alega que a medida prejudicará mais de 400 mil cuiabanos que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), além dos pacientes do interior regulados pelo Estado.
A suspensão dos contratos afetará diretamente o atendimento de dezenas de pacientes, incluindo uma idosa de 93 anos que aguarda há 9 dias por uma operação no colo do fêmur. Segundo a MedTrauma, a suspensão também impactará na realização de consultas agendadas e procedimentos cirúrgicos, deixando a população sem acesso a esses serviços essenciais.
Veja a nota na íntegra:
NOTA À IMPRENSA
A MedTrauma comunica que recebeu com surpresa nesta segunda-feira (19.02), a notícia de que a Prefeitura de Cuiabá suspendeu os contratos com a empresa.
A MedTrauma cumprirá a suspensão, mas alerta que a medida irá prejudicar e impactar diretamente os mais de 400 mil cuiabanos que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) na Capital, além dos pacientes do interior regulados pelo Estado, já que a paralisação dos serviços realizados no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) deixará a população sem nenhum atendimento ou cirurgia na área de ortopedia.
A suspensão afeta, somente na terça-feira (20.02), 72 pessoas que seriam atendidas em consultas agendadas e outras 12 em procedimento cirúrgico, entre elas uma idosa de 93 anos que aguarda há 9 dias por uma operação no colo do fêmur. Também deixarão de ser atendidos dezenas de pacientes que procuram o HMC no pronto atendimento 24 horas para urgências e emergências.
No município de Cuiabá, a empresa disponibiliza uma equipe de 29 médicos e outros 12 profissionais que atendem 360 pacientes em consultas eletivas e realizam aproximadamente 85 cirurgias semanalmente, além do pronto atendimento na unidade hospitalar. Isso significa que 1,8 mil pessoas deixarão de receber atendimento nos próximos 30 dias apenas em procedimentos agendados.
A empresa reafirma que os serviços foram interrompidos unilateralmente pela Prefeitura de Cuiabá, mesmo a MedTrauma tendo cumprido com todos os requisitos obrigatórios e legais para a execução de um serviço eficaz, e a Prefeitura estando três meses em atraso com os pagamentos necessários do contrato.
Em 2023, a MedTrauma executou mais de 30 mil cirurgias em todo o país, sempre prezando por atendimentos de qualidade, com foco no bem-estar dos pacientes, o que nos tornou referência nacional pelos resultados apresentados na prestação de serviços.
Enfatizamos ainda que estamos direcionando todos os nossos esforços para reverter essa decisão a fim de que a população mato-grossense não seja prejudicada.
Destacamos, por último, que as questões de saúde são complexas, envolvem vidas humanas e não devem ser tratadas de forma banalizada, por meio de campanhas ou ondas de ataques à reputação, sem a devida avaliação objetiva dos fatos. A MedTrauma a certeza de que, no momento certo, a realidade e a verdade serão restabelecidas. Esperamos que os enormes danos já causados à empresa, seus donos e colaboradores - e sobretudo aos pacientes por ela atendidos - sejam os menores possíveis.
MEDTRAUMA MEDICINA ESPECIALIZADA
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