A diretora Vilma Auxiliadora de Souza Silva, servidora efetiva com salário mensal de R$ 22.312,20, foi afastada da direção da Escola Municipal Maria de Lourdes Toledo Areias, em Várzea Grande, após a divulgação de áudios em que ela aparece cometendo agressões verbais e tortura psicológica contra uma criança autista.
Segundo denúncia protocolada na Prefeitura na última quinta-feira (5), a diretora vinha, de forma recorrente, intimidando e humilhando alunos — especialmente os com necessidades especiais. Entre as práticas descritas estão gritos, ameaças e atos de repressão considerados cruéis.
Nos áudios é possível ouvir Vilma ameaçando levar a criança para um "quarto escuro" e amarrá-la. Em outro trecho, ela afirma que chamará uma enfermeira para aplicar uma injeção no menor, que reage em desespero, chorando e gritando.
Relatos incluídos na denúncia apontam que a diretora também utilizava uma régua ou pedaço de madeira para bater com força sobre mesas, gerando medo e pânico nos estudantes como forma de intimidação.
O caso, no entanto, já havia sido levado ao conhecimento da Secretaria Municipal de Educação antes da repercussão pública, mas, conforme a denúncia, nenhuma medida efetiva foi tomada até que o caso ganhasse visibilidade nas redes sociais. A servidora permaneceu no cargo mesmo após outras denúncias anteriores.
Somente após a repercussão dos áudios, a Prefeitura de Várzea Grande emitiu uma nota, anunciando o afastamento da diretora e a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). A gestão municipal informou ainda que a criança e sua família estão recebendo apoio psicológico.
A denúncia será encaminhada à Polícia Civil, que deverá apurar os crimes de maus-tratos e tortura psicológica.
Nota oficial da Prefeitura de Várzea Grande:
"A Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Várzea Grande informa que vai afastar a servidora efetiva que, supostamente, agrediu moralmente uma criança em uma escola municipal. A funcionária poderá responder a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), conforme previsto no Estatuto do Servidor Público. A secretaria reforça que já presta apoio psicológico à família da criança e colabora com as investigações. A gestão reitera que não tolera qualquer forma de violência ou maus-tratos em suas unidades escolares."
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