O governo federal lançou uma licitação no valor de até R$ 2,3 milhões para contratar serviços de engenharia voltados à elaboração de projetos de reforma e manutenção em imóveis da Presidência da República. A medida inclui intervenções no Palácio do Planalto, no Palácio da Alvorada e em outras residências funcionais localizadas no Distrito Federal.

De acordo com apuração do site O Antagonista, o edital prevê a contratação de oito engenheiros civis. Eles serão responsáveis por desenvolver projetos de melhoria estrutural e conservação dos imóveis utilizados pela Presidência.

Na justificativa, o governo afirma que a contratação se tornou necessária após o fim do contrato com a empresa R7 Facilities, que prestava esse tipo de serviço e foi alvo de uma ação da Polícia Federal. Apesar disso, o documento não menciona irregularidades e atribui o fim do contrato ao “desinteresse” da empresa em seguir com o acordo.

Ainda segundo o governo, os projetos têm como objetivo manter a conservação das estruturas, preservar as características arquitetônicas originais — já que muitos dos imóveis são tombados — e garantir boas condições de trabalho para os servidores públicos.

“A Presidência da República necessita manter em bom estado de conservação e funcionamento as instalações de suas edificações e de seus imóveis funcionais e residências oficiais, garantindo adequado ambiente para seus ocupantes e para o desempenho das atividades do corpo técnico”, informa o processo licitatório.

A justificativa também aponta que a demanda por manutenção tem crescido nos últimos anos. Segundo estimativas, cerca de 13 mil ordens de serviço devem ser registradas nos próximos exercícios, algumas das quais já não podem ser atendidas com a estrutura atual.

A publicação do edital ocorre poucos dias após o governo federal anunciar um bloqueio de aproximadamente R$ 30 bilhões no orçamento, como parte das medidas de cumprimento do novo arcabouço fiscal.

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