O governo de Gâmbia resolveu reagir a uma prática popular desde os anos 1990: turistas idosas, especialmente britânicas, vâo ao pequeno país da África Ocidental atrás de sexo com nativos. Pacotes baratos para a ex-colônia britânica caíram como uma luva no orçamento da terceira idade e uma enxurrada de turistas desembarcou na nação, espremida pelo território do Senegal.
A reputação de turismo sexual é tão forte que o país é conhecido como "Gran-bia" (gran é vovó em inglês). Porém, o órgão que cuida do turismo em Gâmbia decidiu reagir e implorar por "turistas de qualidade".
"O que queremos são turistas de qualidade. Turistas que venham para aproveitar o país e a cultura, mas não turistas que venham apenas para sexo", pediu a entidade, de acordo com o "Daily Star".
Um documentário chamado "Sexo na Praia" chocou os espectadores quando a repórter Seyi Rhodes revelou bares lotados de mulheres brancas idosas em busca de homens gambianos bem mais jovens e com a promessa de "sexo mais viril".
Algumas chegam a se apaixonar e passam a viver em Gâmbia ou levam o parceiro para morar no Reino Unido. Há idosos também envolvidos no turismo sexual no país africano, mas em número bem menor.
Milhares de mulheres ocidentais agora viajam para os resorts da região todos os anos, transformando-os num verdadeiro Tinder para turistas ávidas por sexo com homens bem mais jovens. Por outro lado, homens locais passaram a contar com as libras que conseguem com as britânicas que desembarcam no país como uma forma de renda informal.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Gâmbia em 2022 foi de 0,495, o que deixa o país na 174ª posição no ranking global. Já no ranking da prevalência da Aids em adultos no planeta, a nação ocupa a preocupante 25ª posição.