Durante sua participação no XIII Fórum de Lisboa, em Portugal, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), lançou duras críticas à condução das políticas públicas no Brasil, em especial no que diz respeito aos obstáculos enfrentados pelo setor produtivo nacional.
Mendes afirmou que a maior ameaça ao agronegócio brasileiro não vem de fora, mas da própria estrutura institucional do país, marcada por uma “hipocrisia” que, segundo ele, inviabiliza projetos estratégicos.
“A forma como conduzimos as coisas públicas no Brasil é o verdadeiro risco ao nosso desenvolvimento. Nosso maior problema é a hipocrisia institucional”, declarou o governador durante o painel “Agronegócio e Segurança Alimentar: desafios para a cooperação”.
Mauro Mendes citou como exemplo o caso da mina de potássio localizada em Autazes, no Amazonas, cuja liberação enfrentou um processo de licenciamento ambiental que se estendeu por 15 anos.
Para ele, essa demora ilustra o descaso do Estado com setores essenciais para o progresso do país. “Nenhuma nação trata com tanta negligência uma atividade econômica tão vital como a produção de alimentos”, afirmou.
O governador destacou ainda que, mesmo após a liberação, o projeto segue ameaçado por ações judiciais e contestações de ONGs, o que pode atrasar ainda mais sua efetivação.
A mina, uma das maiores reservas de potássio do Brasil, é considerada essencial para reduzir a dependência do país de fertilizantes importados, que hoje chega a 85%.
Na visão de Mendes, esse tipo de entrave reflete um modelo de governança que emperra o crescimento e impede o Brasil de atingir o status de nação desenvolvida.
“Não seremos um país de primeiro mundo enquanto leis e marcos legais permitirem que temas tão estratégicos sejam tratados com tamanha irrelevância”, criticou.
O Fórum de Lisboa, também conhecido informalmente como “Gilmarpalooza” por reunir juristas, políticos e empresários de diversas áreas, continua até sexta-feira (5), debatendo temas como segurança jurídica, tecnologia e meio ambiente.
Além de Mendes, a delegação de Mato Grosso inclui deputados estaduais, membros do Judiciário, representantes do agronegócio e autoridades jurídicas.
LUIZ EDUARDO DE ARRUDA 03/07/2025
O agronegócio teve o maior volume de recursos públicos de sua história para as safras de 2023, 2024 e 2025. O que MM quer na verdade é que a produção agrícola seja realidade de maneira irresponsável, sem qualquer preocupação com o meio ambiente, que obras sejam realizadas sem licença ambiental. O sonho dele é que o ministério do Meio ambiente seja omisso nas questões ambientais como ele fez da SEMA em MT que não se msnifestou mesmo quando o governador destruiu o morro de Santo Antônio, que é um símbolo da Mato Grosso. Para cabeça dele haveria conflito entre produção agrícola e preservação do meio ambiente. Quando na verdade, se continuar não havendo zelo com o meio ambiente o principal afetado será a atividade agrícola que é o que mais depende de estabilidade do clima.
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