O senador Jayme Campos (União Brasil) desmentiu nesta terça-feira (4) os rumores de que teria sido sondado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para disputar o Governo de Mato Grosso em 2026 por um partido de esquerda. A especulação surgiu após declaração do ex-deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), feita durante a última visita de Lula ao estado, em 24 de maio.
Ao ser questionado sobre o assunto, Jayme foi enfático: não houve qualquer diálogo com o presidente petista e tampouco há planos de deixar o União Brasil, partido pelo qual pretende disputar o Palácio Paiaguás.
“Nunca houve essa conversa com o presidente Lula. Não sei como o deputado Gilmar Fabris obteve essa informação. Mas, repito, nunca houve esse diálogo. Até porque eu sou do União Brasil. Qualquer projeto político futuro meu será dentro do União Brasil”, afirmou o senador.
Apesar da firmeza na declaração, Jayme Campos enfrenta resistência interna dentro da própria sigla. O governador Mauro Mendes, que preside o diretório estadual do União Brasil, tem defendido abertamente o nome de seu atual vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), como o preferido para a sucessão em 2026. A disputa interna tem dividido o partido entre os que apoiam Pivetta e os que defendem uma candidatura própria liderada por Jayme.
Mesmo descartando mudança de legenda, o irmão do senador, deputado estadual Júlio Campos (União), admitiu recentemente que uma aliança com a esquerda não está fora de cogitação caso o cenário exija articulações externas para consolidar o projeto político de Jayme.
“Em política, como diz o ditado, tudo é possível. Vamos aguardar [...] Se eles [a esquerda] quiserem apoiar Jayme Campos, nós aceitamos”, disse Júlio em entrevista à imprensa no último dia 26.
A possível candidatura de Jayme ao governo continua em aberto e deve esquentar os bastidores do União Brasil nos próximos meses, à medida que o partido tenta equilibrar interesses internos e alianças estratégicas para 2026.