A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), por meio da Câmara Setorial Temática (CST) da Energia Elétrica, realizou nesta segunda-feira (23) uma audiência pública no município de Alta Floresta para discutir a precariedade no fornecimento de energia elétrica na região norte do estado. O evento reuniu autoridades, produtores, representantes da sociedade civil e da concessionária Energisa.
Criada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), a CST busca fortalecer o diálogo entre usuários, concessionárias e órgãos reguladores, compartilhando informações técnicas e reforçando a fiscalização sobre os serviços prestados.
Durante a audiência, o presidente da CST, deputado estadual Faissal Calil (Cidadania), cobrou explicações da empresa sobre os investimentos previstos para a região. Segundo o parlamentar, municípios como Carlinda, Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes, Nova Canaã do Norte e Colíder enfrentam falhas recorrentes no fornecimento, prejudicando moradores e empresários. “Queremos saber quais os investimentos da Energisa aqui no Nortão e, é claro, melhorar o serviço, que tem bastante reclamação”, afirmou.
Faissal destacou ainda que, apesar do anúncio de R$ 15 milhões em investimentos feitos pela empresa em 2024, não há informações claras sobre prazos e metas. Ele alertou que, caso as melhorias não sejam implementadas, poderá propor uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a atuação da concessionária.
Além do deputado, o prefeito de Alta Floresta, Chico Gamba, representantes da indústria e da Defensoria Pública relataram os impactos negativos da falta de infraestrutura elétrica no desenvolvimento econômico da região, especialmente na zona rural. O defensor público Moacir Gonçalves Neto revelou que a unidade local já ajuizou mais de 250 ações contra a concessionária.
Representando a Energisa, o assessor institucional Luiz Carlos Moreira Júnior afirmou que a empresa tem investido em melhorias em todo o estado, e que Alta Floresta estaria preparada para receber novos empreendimentos. A empresa declarou ter investido R$ 1,4 bilhão em 2023 e prevê R$ 1,65 bilhão em 2025.
Esta foi a segunda audiência realizada pela CST da Energia Elétrica, que já esteve em Sapezal e encerrará o ciclo de reuniões públicas em Confresa, no dia 9 de julho. O relatório final com as principais demandas será encaminhado à Aneel, à Ager, ao Ministério Público e à Energisa.
Elygia 24/06/2025
Além de cobranças indevidas e aumentos exorbitantes no valor da energia, e qdo acionados sempre dizem que eles tem razão do aumento e que não adianta acionar o procon que eles”ganham todas as reclamações “.
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