O caso brutal ocorrido em Santa Rita, na Paraíba, em que um homem de 28 anos foi linchado pela população após estuprar a própria sobrinha de apenas 1 ano, gerou repercussões nacionais e comentários contundentes por parte de autoridades.
Um dos que se manifestaram foi o deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que classificou o episódio como um “grito da sociedade” contra a impunidade.
Segundo Cattani, ainda que não se defenda a justiça com as próprias mãos, a ação popular reflete o cansaço da população diante da reincidência de crimes bárbaros contra crianças.
“Estão mexendo com as nossas crianças, estão estuprando, matando... então nós vamos reagir”, declarou o parlamentar, ao destacar que a resposta violenta da população é reflexo da ausência de punições exemplares no sistema judiciário brasileiro.
O crime que chocou o país aconteceu no último dia 13, quando o acusado foi atacado com pedras e pedaços de concreto por moradores revoltados, após a denúncia do abuso sexual. Ele morreu ainda no local. Esse episódio, no entanto, não é isolado.
Em fevereiro deste ano, outro homem acusado de crimes semelhantes foi retirado de uma viatura da Polícia Civil e linchado por populares em Pernambuco, após ser responsabilizado pela tortura e morte de uma criança de 2 anos.
Cattani usou os dois casos para criticar o sistema jurídico brasileiro, afirmando que há uma inversão de valores nas punições e que a Justiça precisa ser revista com urgência.
“Temos pessoas esquartejando outras e saindo livres, enquanto alguém que se manifesta politicamente pode passar 14 anos preso”, criticou.
O deputado reforçou que situações como essa devem servir de alerta para os Poderes. Para ele, é fundamental criar leis mais rígidas e eficazes que transmitam à sociedade a certeza de que criminosos perigosos não ficarão impunes.
“Precisamos urgentemente de respostas claras e duras que restabeleçam a confiança da população no sistema de Justiça”, concluiu.
Enquanto o debate sobre segurança pública e impunidade continua ganhando espaço no cenário político e social, cresce também a tensão entre a justiça formal e o clamor popular por medidas imediatas e exemplares contra crimes de extrema violência.
