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POLÍTICA MT Terça-feira, 08 de Julho de 2025, 11:03 - A | A

Terça-feira, 08 de Julho de 2025, 11h:03 - A | A

PREJUÍZO PARA CUIABÁ

Contrato bilionário de ex-prefeito com CS Mobi gera revolta e CPI aponta lucros desproporcionais à empresa

A audiência expôs detalhes de um contrato milionário firmado entre a sua gestão e a empresa CS Mobi, considerado por vereadores como lesivo aos cofres públicos e vantajoso exclusivamente para a concessionária

ALISSON OLIVEIRA

 

O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), enfrentou críticas incisivas durante sua oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estacionamento Rotativo nesta segunda-feira (7).

 

A audiência expôs detalhes de um contrato milionário firmado entre a sua gestão e a empresa CS Mobi, considerado por vereadores como lesivo aos cofres públicos e vantajoso exclusivamente para a concessionária.

 

Durante a sessão, os parlamentares denunciaram que a Prefeitura assumiu um compromisso de R$ 650 milhões  valor que pode ultrapassar R$ 1 bilhão com a correção inflacionária ao longo dos 30 anos de vigência do acordo  para a execução de um projeto originalmente orçado em apenas R$ 145 milhões.

 

A diferença foi apontada como resultado da fragilidade fiscal deixada pela gestão Emanuel, que teria optado por um financiamento considerado abusivo.

 

O relator da CPI, vereador Dilemário Alencar (União), classificou o contrato como um verdadeiro "negócio da China" para a CS Mobi.

 

Segundo ele, a empresa não apenas ficará com mais de meio bilhão de reais oriundos do erário, como também explorará comercialmente o Mercado Municipal, com direito a aluguéis, além de lucrar com a cobrança do estacionamento rotativo.

 

"Tudo será custeado com dinheiro público e, ao fim, a empresa ainda lucrará com a concessão", disse.

 

A vereadora Maysa Leão (Republicanos) alertou para a necessidade de “loteamento” da cidade, com a criação de vagas de estacionamento até mesmo em áreas sensíveis, como próximas a clínicas médicas, para garantir que a parceria público-privada se sustente sem afetar o orçamento direto da Prefeitura.

 

“Estão esparramando as vagas onde não deveriam, apenas para garantir o pagamento da PPP”, declarou.

 

Já o vereador Fellipe Corrêa (PL) destacou o abismo entre o custo original da obra e o montante firmado, atribuindo a manobra à situação financeira precária da administração anterior.

 

Ele também confrontou Emanuel após uma reação irônica do ex-prefeito, relembrando o polêmico episódio em que Pinheiro foi filmado escondendo dinheiro nos bolsos do paletó enquanto era deputado estadual.

 

A vereadora Michelly Alencar (União) também fez acusações contra o ex-gestor, questionando o motivo de uma dívida de R$ 9,6 milhões deixada em repasses à CS Mobi.

 

A cobrança aumenta o clima de desconfiança em relação à lisura e à sustentabilidade do contrato.

 

A CPI agora estuda medidas como o indiciamento de Emanuel Pinheiro por improbidade administrativa, além da possibilidade de convocar novas testemunhas, incluindo o ex-procurador e um servidor municipal, para esclarecimentos adicionais.

 

A investigação avança com foco em possíveis ilegalidades e prejuízos ao patrimônio público.

 

 

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