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POLICIAL Quinta-feira, 26 de Junho de 2025, 14:07 - A | A

Quinta-feira, 26 de Junho de 2025, 14h:07 - A | A

HISTÓRICO VIOLENTO

Mulher é morta com tiro em Nova Mutum e marido vira principal suspeito após versões confusas e passado violento

O principal suspeito é o marido, Valdecir Karnoski, de 55 anos, que permanece detido e já responde por violência doméstica

ALISSON OLIVEIRA

 

Um crime brutal ocorrido na noite de terça-feira (24), na zona rural de Nova Mutum (MT), chocou a comunidade local e reacendeu o debate sobre a violência doméstica no estado. Roseni da Silva Karnoski, de 52 anos, foi morta com um tiro de espingarda dentro da própria casa.

 

O principal suspeito é o marido, Valdecir Karnoski, de 55 anos, que permanece detido e já responde por violência doméstica.

 

A Polícia Civil, por meio do delegado Jean Paulo Nascimento, confirmou que Valdecir apresentou três versões distintas sobre o ocorrido, todas incompatíveis com as provas recolhidas pela perícia.

 

Inicialmente, alegou que Roseni teria se jogado sobre a arma; depois, disse que o disparo aconteceu acidentalmente durante a limpeza da espingarda; por fim, sugeriu que a esposa o teria provocado durante uma discussão.

 

A perícia, no entanto, descartou qualquer possibilidade de acidente. Segundo o delegado, o tipo de espingarda utilizada exige força para acionar o gatilho e, em muitos casos, destravar o mecanismo de segurança.

 

O disparo, realizado com uma munição de chumbinho calibre 12, atingiu Roseni no peito e se alojou no abdómen, com uma trajetória que indica que ela estava em posição inferior ao atirador  sentada ou deitada , além de apresentar ferimentos compatíveis com tentativa de defesa.

 

O histórico de violência de Valdecir já era conhecido pelas autoridades. Em 2021, ele teria atirado na esposa após uma discussão relacionada à obtenção da carta de condução por parte dela, sem seu consentimento.

 

Esse episódio levou à revogação do seu Certificado de Caçador, Atirador Desportivo e Colecionador (CAC). Ainda assim, ele mantinha várias armas registradas em nome de Roseni.

 

Durante a abordagem policial, Valdecir resistiu à prisão e chegou a ameaçar tirar a própria vida, exigindo uma negociação que se prolongou por mais de 40 minutos.

 

Na delegacia, as ameaças continuaram, obrigando as autoridades a mantê-lo sob vigilância constante.

 

A residência do casal, que estava junto há cerca de três décadas, foi palco de constantes episódios de agressão, conforme relatado por familiares. Mesmo assim, muitos evitavam denunciar por medo de retaliações.

 

As armas encontradas no local, incluindo outras espingardas e quase 250 munições, foram todas apreendidas.

 

O delegado adiantou que pedirá a prisão preventiva de Valdecir, e o caso será encaminhado ao Ministério Público como feminicídio qualificado por violência doméstica. O corpo de Roseni foi enviado ao Instituto Médico Legal (IML) em Cuiabá para exames complementares.

 

A investigação continua, com a possibilidade de que o crime tenha sido premeditado.

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