Nesta quarta-feira (25), a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) integrou a operação Energia Limpa, deflagrada para combater o furto de energia elétrica em Cuiabá. A ação resultou na prisão em flagrante de nove pessoas por furto e fraude de energia na região da Morada da Serra. A ofensiva contou com a atuação de nove peritos criminais, 18 policiais militares, 18 técnicos da concessionária e agentes da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
A Politec realizou perícias em quatro distribuidoras, além de um açougue e um mercado, onde foram identificadas irregularidades no consumo de energia elétrica. Em todos os estabelecimentos, os responsáveis foram conduzidos à delegacia e poderão responder criminalmente por furto de energia, crime que prevê pena de 1 a 5 anos de reclusão.
Em um dos casos, a perícia oficial confirmou uma ligação clandestina diretamente na rede elétrica, que abastecia irregularmente um lava-jato e um centro de reciclagem. O proprietário dos imóveis alugava os espaços com a energia já inclusa no valor do aluguel.
Segundo a concessionária Energisa, o furto de energia causa um prejuízo superior a R$ 150 milhões por ano em Mato Grosso, valor que poderia ser investido em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.
De acordo com o gerente de Perícias em Engenharia Legal da Politec, Rafael Dalmolin, as perícias são essenciais para comprovar os crimes e responsabilizar os envolvidos na esfera penal.
“Tivemos vários alvos. Durante a operação, houve condições para as oitivas na delegacia. As fraudes eram ligações diretas e a maioria não registrava medição do consumo. Nós detectamos, visualmente, a ligação saindo da rede de distribuição e indo até o imóvel beneficiado pela fraude", apontou.
O gerente de combate a perdas da Energisa, Luciano Lima, ressalta o alerta para a população de que a concessionária é a única autorizada a vender energia no Estado. "Não existe outra possibilidade. Por isso, não aceitem esse tipo de contrato! Peça seu padrão exclusivo de medição, porque, em casos como esse, quem irá responder pelo crime é o locatário”, advertiu.