O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) abriu uma sindicância para apurar a conduta ética do médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, que confessou ter matado a namorada, uma adolescente de 15 anos, com um tiro na nuca. O crime ocorreu no último dia 3 de maio, em Guarantã do Norte, a 708 km de Cuiabá. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do conselho nesta quarta-feira (14).
Segundo o CRM-MT, a sindicância tem como objetivo avaliar se houve infração ética por parte do médico. Caso o procedimento identifique indícios suficientes, um processo administrativo poderá ser instaurado, o que pode levar à cassação definitiva do registro profissional de Bruno Tomiello. A sindicância segue em andamento, e só após sua conclusão será decidido se haverá abertura de um processo ético-disciplinar.
O caso
A adolescente foi levada ao hospital da cidade durante a madrugada de sábado (3) pelo próprio médico, que pedia ajuda desesperadamente aos profissionais de plantão, afirmando que “não saberia viver sem ela”. A jovem apresentava um ferimento grave na cabeça, causado por disparo de arma de fogo. A equipe médica tentou reanimá-la por cerca de 40 minutos, mas o óbito foi confirmado.
Abalado, o médico se descontrolou dentro da unidade hospitalar, tentando danificar a estrutura do local. Após o ocorrido, Bruno fugiu e só se entregou dois dias depois, na Base Aérea do Cachimbo, no estado do Pará. Ele foi preso em flagrante no dia 5 de maio e confessou ser o autor do disparo que matou a adolescente.
Na audiência de custódia realizada em 6 de maio, a Justiça decidiu pela manutenção da prisão preventiva. O juiz do caso considerou o histórico de comportamento agressivo e a gravidade dos fatos, determinando que o médico fosse transferido para o Centro de Detenção Provisória de Peixoto de Azevedo, onde segue encarcerado.
Possíveis consequências
Caso a sindicância do CRM-MT aponte conduta incompatível com a ética médica, o processo disciplinar pode resultar em advertência confidencial, censura pública, suspensão do exercício profissional por até 30 dias, ou a cassação definitiva do registro, impedindo que o médico atue em qualquer parte do país.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil de Mato Grosso, que apura as circunstâncias do crime, incluindo o possível relacionamento abusivo e o acesso irregular a armas de fogo.
ALAN 14/05/2025
O cara \"vivia\" com uma criança.. precisa mais oq?
1 comentários