A morte do ex-jogador de vôlei da Seleção Brasileira Sub-19, Everton Pereira Fagundes da Conceição, de 46 anos, ganhou contornos ainda mais chocantes com a revelação de que a ex-mulher do empresário Idirlei Alves Pacheco, autor do crime, seguia a caminhonete Amarok no momento em que a vítima foi executada.
A informação desmonta qualquer versão impulsiva e reforça a tese de premeditação.
De acordo com o delegado Rogério Gomes, responsável pela investigação, o crime foi minuciosamente planejado por Idirlei, de 40 anos.
Ele desconfiava de um possível envolvimento amoroso entre Everton e sua ex-companheira, com quem mantinha um relacionamento conturbado.
Apesar da separação, os três mantinham uma relação de amizade, e Everton atuava como um mediador na tentativa de pacificar o divórcio do casal.
“Havia ali uma relação amistosa entre os três. No entanto, o suspeito passou a acreditar que havia algo a mais entre a ex-mulher e o amigo. Essa suspeita foi o que motivou a emboscada que resultou no assassinato”, relatou o delegado.
Para executar o plano, Idirlei pediu um "favor" a Everton, dizendo que precisava levar uma criança a outro local e precisava que ele conduzisse a Amarok. Durante o trajeto, simulou que precisava pegar algo no banco traseiro, sacou a arma e passou a ameaçar a vítima.
A sequência de eventos ainda é apurada, mas o que se sabe é que, sob ameaça, Everton continuou dirigindo até colidir contra uma caminhonete Ford F350 na Avenida Hélio Ribeiro, no Residencial Paiaguás, em Cuiabá.
Everton foi baleado nas costas e na cabeça. A polícia ainda investiga se o acidente foi consequência direta dos disparos ou uma tentativa desesperada de fuga.
Câmeras de segurança flagraram o momento da colisão e a fuga de Idirlei. Após o impacto, ele desceu da Amarok e atravessou a rua, entrando em outro veículo que o aguardava do lado oposto da via.
A presença da ex-mulher logo atrás do carro da vítima fortaleceu a tese de armação, já que ela própria procurou a delegacia momentos depois relatando o sequestro do amigo por parte do ex-marido.
Pouco tempo após o crime, a Polícia Civil confirmou que Idirlei Alves Pacheco era o autor dos disparos e, até o momento, ele é considerado foragido.
As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes e identificar o motorista do veículo que deu suporte na fuga do empresário.
A Polícia Civil pede que qualquer informação sobre o paradeiro de Idirlei seja repassada anonimamente às autoridades.
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