A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (30), uma nova ofensiva no âmbito da Operação Sisamnes. Em sua nona fase, a ação tem como foco a apuração de vazamentos criminosos de dados confidenciais de investigações conduzidas pela própria corporação.
As diligências foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o cumprimento de três mandados de busca e apreensão em Palmas, no Tocantins, além da proibição de comunicação entre dois investigados e da saída deles do país, com recolhimento imediato dos passaportes.
Segundo a PF, há indícios de que indivíduos ligados à investigação tiveram acesso privilegiado e antecipado a informações de operações sigilosas, o que teria comprometido a eficácia de medidas judiciais ainda em preparação, como ordens de prisão e apreensão de bens.
Paralelamente, a corporação também investiga a possível concessão de benefícios indevidos a um dos alvos já detidos em fases anteriores da operação, levantando suspeitas de que o esquema criminoso possa se estender a dentro do sistema prisional ou envolver agentes públicos.
A Operação Sisamnes — nome inspirado em um antigo juiz persa punido por corromper a Justiça — já desdobrou diversas frentes de combate ao uso indevido de informações sensíveis por parte de pessoas com acesso privilegiado a procedimentos sigilosos.