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POLICIAL Segunda-feira, 28 de Abril de 2025, 09:39 - A | A

Segunda-feira, 28 de Abril de 2025, 09h:39 - A | A

ENTENDA

Caseiro preso por morte de advogado frequentava batalhão da Rotam e ganhou iPhone de PM

De acordo com as autoridades, Alex frequentava o Batalhão da Rotam, fato comprovado por um vídeo encontrado no seu aparelho, gravado após o homicídio, no qual ele aparece dentro das instalações militares

 

No mais recente desdobramento da investigação sobre o assassinato do advogado Renato Nery, a perícia no celular de Alex Roberto de Queiroz Silva, preso desde o dia 6 de março sob suspeita de ser o executor do crime, revelou informações comprometedores.

 

De acordo com as autoridades, Alex frequentava o Batalhão da Rotam, fato comprovado por um vídeo encontrado no seu aparelho, gravado após o homicídio, no qual ele aparece dentro das instalações militares.

 

Apesar disso, em depoimento à polícia, o caseiro negou conhecer ou frequentar o local.

 

As investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), conduzidas pelo delegado Bruno Abreu, indicam ainda que Alex trocava mensagens com um indivíduo conhecido por antecedentes criminais de tráfico e homicídio.

 

Nessas conversas, ele relatava que "estaria indo em uma missão com a Rotam".

 

Outro elemento descoberto pela perícia é que o celular em questão, um Apple iPhone, teria sido presenteado a Alex pelo policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, ex-integrante da Rotam e também preso.

 

A entrega do aparelho teria ocorrido no dia 11 de julho de 2024, mesma data em que foi forjado um confronto para plantar a arma usada no assassinato de Nery.

 

O caso envolve uma rede extensa de suspeitos. Na chamada Operação Office Crime - A Outra Face, deflagrada em março, além de Alex, foram presos os PMs da Rotam Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins, apontados por envolvimento em homicídio, tentativa de homicídio e fraude processual. Heron Vieira entregou-se à DHPP no dia seguinte.

 

A Operação Office Crime teve continuidade com novas prisões em abril, quando a polícia deteve Kaster Huttner Garcia, acusado de transportar a motocicleta utilizada no crime, e os PMs Jackson Pereira Barbosa e Ícaro Nathan Santos Ferreira, este último atuante na Inteligência da Rotam e responsável, segundo a investigação, por providenciar a arma do homicídio.

 

 

O caso ganhou contornos ainda mais graves com a suspeita de que o assassinato tenha sido encomendado.

 

A Justiça impôs medidas cautelares contra os empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bentos, de Primavera do Leste, apontados como possíveis mandantes do crime.

 

Ambos estão proibidos de sair da cidade, tiveram os passaportes retidos e utilizam tornozeleira eletrônica.

 

Renato Nery, ex-presidente da OAB-MT, foi alvejado no dia 5 de julho de 2024, quando chegava a seu escritório na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá.

 

Socorrido ainda com vida, ele foi hospitalizado no Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá, onde passou por cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte.

 

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