menu
14 de Maio de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
14 de Maio de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

MUNDO Terça-feira, 08 de Abril de 2025, 08:17 - A | A

Terça-feira, 08 de Abril de 2025, 08h:17 - A | A

VEJA VÍDEO

China publica vídeo de Ronald Reagan criticando tarifas protecionistas, em recado direto às medidas de Trump

A nova ameaça tarifária, no entanto, reacendeu os temores de uma guerra comercial em escala global, com impactos negativos sobre mercados, cadeias de suprimento e a recuperação econômica mundial.

 

Em resposta à nova tarifa de importação imposta pelo ex-presidente Donald Trump na semana passada, e diante da ameaça de uma sobretaxa de 50% a ser decretada nesta terça-feira (8), caso a China não recue na retaliação anunciada — uma tarifa de 37% sobre produtos norte-americanos —, a Embaixada da China nos Estados Unidos divulgou neste domingo (7) um vídeo com trechos de um discurso do ex-presidente Ronald Reagan, proferido ainda nos anos 1980, em que o líder republicano faz duras críticas ao protecionismo comercial.

 

No vídeo, Reagan alerta para os efeitos negativos da imposição de tarifas sobre produtos importados. Segundo ele, embora o protecionismo possa soar patriótico a princípio — por aparentemente proteger indústrias nacionais da concorrência estrangeira —, seus resultados são, nas palavras do ex-presidente, “nefastos”, tanto para o país que impõe as barreiras quanto para os que reagem em contrapartida.

 

Reagan destaca que, ao reduzir a competição, o protecionismo inibe investimentos em tecnologia e inovação, compromete a eficiência das empresas nacionais e, com o tempo, provoca a perda de milhões de empregos e o fechamento de empresas. “A história mostra que o protecionismo não fortalece nossa economia. Pelo contrário, ele a enfraquece”, diz Reagan no discurso resgatado.

 

A divulgação do vídeo por parte da diplomacia chinesa é vista como uma crítica direta à postura de Trump, que tem adotado uma retórica agressiva contra o que chama de “abusos comerciais da China” e defendido um endurecimento das barreiras de importação. Trump alega que as novas tarifas são necessárias para equilibrar a balança comercial e proteger empregos nos Estados Unidos, especialmente nos setores industrial e tecnológico.

 

A nova ameaça tarifária, no entanto, reacendeu os temores de uma guerra comercial em escala global, com impactos negativos sobre mercados, cadeias de suprimento e a recuperação econômica mundial. Economistas apontam que medidas unilaterais desse tipo tendem a gerar retaliações, como a anunciada pela China, e contribuem para o aumento da instabilidade econômica.

 

A escolha de um ícone do conservadorismo norte-americano como Reagan para criticar políticas protecionistas adotadas por outro líder republicano reforça o recado simbólico enviado por Pequim: a de que o atual caminho escolhido por Trump se distancia dos princípios de livre mercado historicamente defendidos por parte significativa do establishment político dos Estados Unidos.

 

> Click aqui e receba notícias em primeira mão.

 

Comente esta notícia