O empresário Argino Bedin, conhecido como o "pai da soja" de Mato Grosso, manteve-se em silêncio perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, que investiga os atos criminosos que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Bedin, cujo nome foi relacionado como financiador dos referidos atos, exerceu seu direito de permanecer calado diante dos questionamentos da relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e de outros parlamentares presentes. O deputado federal Carlos Veras (PT-PE) foi o responsável por apresentar um requerimento de convocação do empresário, enquanto a relatora da CPMI também apresentou um requerimento de inquirição de Bedin, mas na condição de testemunha. A senadora argumentou que as informações que Argino Bedin poderia fornecer seriam de "enorme valia para a condução dos nossos futuros trabalhos na presente comissão". No entanto, diante dos questionamentos, o empresário permaneceu em silêncio. Como outros depoentes, Bedin entrou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para não comparecer à CPMI. O ministro Dias Toffoli concedeu parcialmente o pedido, mantendo a obrigação do comparecimento, mas permitindo que ele permaneça em silêncio. O empresário Argino Bedin teve suas contas bloqueadas por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, devido ao suposto envolvimento no financiamento dos bloqueios das rodovias após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas urnas no ano passado. Além do bloqueio, o magistrado determinou que outras 10 pessoas e 33 empresas suspeitas também deveriam ser ouvidas pela Polícia Federal (PF). Segundo um dos requerimentos da CPMI, "Bedin é um latifundiário sócio de pelo menos nove empresas e teve as contas bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes." O empresário também fez doações para a campanha à reeleição do ex-presidente da República em 2022. https://youtu.be/HlEH4kXQJjk

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