O Cuiabá Esporte Clube encerrou o ano de 2024 com o maior faturamento e lucro líquido da sua história. Conforme o Balanço Patrimonial publicado no site oficial, o Dourado arrecadou mais de R$ 218 milhões na temporada, superando em 33% os R$ 164 milhões registrados em 2023.

 

O lucro líquido também atingiu patamar inédito: R$ 65 milhões, representando um salto de 73% em relação ao ano anterior.

 

Grande parte desse desempenho se deve à receita com a venda de jogadores, que rendeu R$ 114 milhões aos cofres do clube.

 

Destaque para as transferências do lateral-esquerdo Rikelme ao Shabab Al-Ahli, por R$ 18,5 milhões, e do atacante Isidro Pitta ao Red Bull Bragantino, por aproximadamente R$ 31 milhões.

 

O valor das cotas de patrocínio também cresceu, passando de R$ 14,5 milhões em 2023 para R$ 20,3 milhões no último ano.

 

Por outro lado, o clube enfrentou quedas nas cotas de TV, que despencaram de R$ 103,5 milhões para R$ 56 milhões, e na bilheteira, que recuou de R$ 20 milhões para R$ 13 milhões.

 

A arrecadação com sócios-torcedores totalizou R$ 1,6 milhão, enquanto placas de publicidade geraram R$ 10,5 milhões.

 

Apesar do desempenho financeiro positivo, o Cuiabá terminou a Série A do Campeonato Brasileiro na última posição, com apenas 30 pontos.

 

Os gastos com o futebol profissional somaram R$ 129 milhões, com a maior parte destinada a custos com pessoal, jogos e amortização de contratos. Outras despesas administrativas e tributárias ultrapassaram R$ 20 milhões.

 

O patrimônio líquido do clube praticamente dobrou, saindo de R$ 60 milhões para R$ 115 milhões. No entanto, o passivo total também aumentou consideravelmente, atingindo R$ 36,7 milhões — mais do que o triplo do ano anterior. Os débitos incluem fornecedores, financiamentos, encargos trabalhistas e tributos diversos.

 

O presidente Cristiano Dresch continua à frente do projeto de consolidação financeira do Dourado, que, mesmo com a queda de rendimento em campo, mostra crescimento robusto fora das quatro linhas.