O secretário de Planejamento e Gestão de Mato Grosso, Basílio Bezerra, foi o centro de uma série de embates acalorados durante a primeira reunião da mesa técnica que irá discutir o superendividamento dos servidores públicos estaduais. O encontro ocorreu na tarde desta segunda-feira (26), no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), e teve momentos de tensão explícita entre o gestor e representantes da categoria.
Durante a apresentação de dados feita por Basílio, as interrupções foram frequentes — e cada vez mais incisivas. O presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig-MT), Antônio Wagner, confrontou diretamente o secretário, cobrando posicionamentos mais claros. Uma servidora aposentada também interveio, denunciando descontos abusivos em seus proventos.
Diante das críticas, Basílio demonstrou surpresa em um primeiro momento, mas acabou se irritando e exigiu respeito para continuar sua fala.
O tom subiu e o ambiente, já carregado, ficou ainda mais tenso com os olhares atentos de deputados estaduais, conselheiros do TCE, representantes sindicais e servidores presentes.
A instalação da mesa técnica é uma iniciativa do Tribunal de Contas para discutir alternativas ao colapso financeiro enfrentado por milhares de servidores públicos, provocado por dívidas de crédito consignado, cobranças irregulares e práticas abusivas de instituições financeiras.
A expectativa é que os trabalhos da mesa resultem em propostas efetivas para regulamentar o mercado de crédito consignado no serviço público estadual, aliviar o endividamento e responsabilizar bancos e financeiras por condutas lesivas.
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Elidio Honório dos Santos 27/05/2025
O servidor não tem comportamento em defesa de seus interesses Não justifica essas reclamações em defesa do servidor público que pegou empréstimo e não fiscaliza o pagamento da dívida assumida. Não sabe o valor do empréstimo. Qual valor foi liberado, e não confere o valor do desconto efetuado em seu salário para o parto da parcela devida. O servidor é responsável pelos seus atos e não transferir sua obrigação para tercriro.
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